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Prefeito Rafael Diniz e Fabiana Catalani, secretária de Saúde |
Foi realizada na tarde desta
quarta-feira (28) uma entrevista coletiva com a presença do prefeito eleito
Rafael Diniz e Fabiana Catalani, futura secretária de Saúde de Campos. No
encontro com jornalistas, a Saúde no município, classificada por Catalani como
“trágica”, foi tema principal e diversos pontos que preocupam a futura gestão
foram elencados.
Infraestrutura de unidades de Saúde,
falta de material básico como medicamentos e insumos, ambulâncias sucateadas,
funcionários sem pagamento e convênios e dívidas com hospitais contratualizados
foram alguns dos pontos citados por Rafael e Fabiana.
“Enquanto vereador sempre defendi uma
Saúde de qualidade e não vai ser diferente no momento em que assumirmos. Nos
últimos anos não faltou dinheiro na Saúde de Campos, faltou gestão e por isso a
situação chegou ao jeito que está hoje. Mas a reconstrução da nossa Saúde vai
começar de dentro para fora, com nossos servidores que trabalham nesses locais
há anos. Contamos com eles para isso”, afirmou o prefeito eleito.
De acordo com Catalani, a equipe
responsável pela transição na área da Saúde está assustada. “Recebemos
diariamente relatos de funcionários que não possuem a mínima estrutura para
trabalhar. Faltam medicamento, materiais e insumos. Em muitas unidades não há
água ou sabonete para eles lavarem as próprias mãos”, revelou Fabiana,
destacando que muitos desses profissionais recebem pela forma de Recibo de
Pagamento Autônomo (RPA) e estão com salários atrasados.
Outro problema enfrentado são as
unidades de Saúde que hoje não possuem infraestrutura necessária para
atendimento. São centros cirúrgicos com infiltrações e mofos nas paredes, falta
de vagas em enfermarias, com pacientes sendo obrigados a ficar em corredores,
centros odontológicos sem material, entre outros problemas. “Hoje vivemos uma
tragédia na Saúde, com unidades fechadas, médico sem atender, falta de material
humano e básico”, disse Catalani.
As ambulâncias sucateadas também
foram citadas como uma séria dificuldade que será enfrentada pela próxima
gestão. Segundo Catalani, hoje existe um local com diversas ambulâncias se
deteriorando.
Uma das maiores preocupações é
relacionada a convênios e dívidas dos hospitais contratualizados. “Esses
hospitais são de extrema importância no atendimento da população, já que eles
dão continuação ao atendimento emergencial e desafoga os hospitais de
emergência. Mas hoje há uma dívida do município com esses hospitais, que seria
dividida em sete parcelas, mas que foram pagas apenas quatro. Além disso, os
convênios com essas entidades terminam no final do ano e precisamos entender o
quadro real”, comentou Fabiana, afirmando que também há dívidas com hospitais
oncológicos que precisam ser esclarecidas.
Por fim, Catalani destacou a
preocupação do futuro governo relacionada à dengue, principalmente durante o
verão, período de maior proliferação. Ela afirmou que trabalhos de prevenções
serão feitos e que já existe uma equipe técnica realizando levantamos de casos
para evitar problemas maiores no próximo ano.
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