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Jonas Lopes de Carvaalho, presidente do TCE RJ |
Citado em delação de executivo no
âmbito da Operação Lava Jato, o presidente do Tribunal de Contas
do Rio de Janeiro (TCE-RJ), Jonas Lopes, teve concedida uma licença especial do
cargo por três meses, a partir de 6 de março de 2017, quando acaba o recesso do
tribunal.
A permissão foi dada pelo
vice-presidente do tribunal, Aloysio Neves Guedes. O despacho foi publicado na
edição desta quarta-feira (28) do Diário Oficial do RJ e o motivo da licença
não foi divulgado.
Delação
No dia 13 deste mês, Jonas Lopes chegou a ser conduzido de forma coercitiva à sede
da Polícia Federal no
Rio, na Praça Mauá, para prestar esclarecimentos. Isso porque delatores ligados
às construtoras Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão e Odebrecht citaram o TCE em
depoimentos.
Em acordo de delação firmado com o
Ministério Público Federal (MPF), o ex-diretor superintendente da Odebrecht no
Rio, Leandro Azevedo, afirmou que Jonas Lopes pediu dinheiro para aprovar o
edital de concessão do Estádio do Maracanã e o relatório de contas da Linha 4
do metrô do Rio.
Azevedo também disse que procurou
Jonas Lopes e acertou o pagamento de R$ 4 milhões em quatro parcelas de R$ 1
milhão, que seriam pagas de seis em seis meses. O delator diz que quando esteve
com Jonas Lopes, o presidente do TCE já sabia qual era o valor que tinha sido
acertado.
Em resposta, na época, o presidente
do TCE disse "repudiar com veemência as afirmações do executivo da
Odebrecht e as atribui a uma atitude de retaliação por causa de decisões
tomadas pelo TCE, que penalizaram duramente as empreiteiras".
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