O deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi alertado que perdeu o apoio majoritário da bancada do PSD. Com isso, cerca de três dezenas de deputados do PSD devem votar pela cassação de Cunha na segunda-feira. A notícia foi um duro golpe para o ex-presidente da Câmara que esperava uma ausência significativa dos deputados que integram os partidos do centrão: PSD, PP, PTB, PR e PRB. 

Segundo aliados, Cunha não esperava a debandada do PSD já que apoiou a candidatura derrotada do deputado Rogério Rosso, líder da bancada, para o comando da Câmara. “O PSD não estará com Cunha. Em plena eleição municipal, os deputados não podem arriscar uma carreira política. A ausência seria um voto no Cunha. A presença do PSD para a cassação de Cunha será majoritária”, disse ao Blog um integrante do partido. 

“Cunha está jogando pesado para conseguir ausências. Mas esse jogo de intimidação tem limite. Não dá para ficar refém dele para sempre!”, desabafou esse integrante do PSD. 

A debandada do PSD explicitou que a situação de Cunha ficou extremamente delicada. O PR também está abandonando o deputado afastado e o PRB já desembarcou. Com dois candidatos liderando as disputas no Rio de Janeiro e São Paulo – Marcelo Crivella e Celso Russomanno –,  o PRB tomou uma posição pragmática: o apoio a Cunha representaria um forte risco para as campanhas do partido. 

Pela contabilidade do grupo de Cunha, ele ainda tem um apoio forte entre os deputados do PP, do PTB e de uma parte do PMDB.