terça-feira, julho 19, 2016

SECRETÁRIO DE FAZENDA DO RIO DE JANEIRO DEIXA O CARGO

G1:

19/07/2016 08h42 - Atualizado em 19/07/2016 08h50

Troca na secretaria de Fazenda do RJ é oficializada com saída de Bueno

Gustavo de Oliveira Barbosa, ex-presidente da RioPrevidência, assume.
No lugar ficará Reges Moisés dos Santos, segundo Diário Oficial.

Gabriel BarreiraDo G1 Rio
Secretário Júlio Bueno aposta em retomada no fim de 2016 (Foto: Érica Ramalho / Alerj / Divulgação)Secretário Júlio Bueno aposta em retomada no fim de 2016 (Foto: Érica Ramalho / Alerj / Divulgação)
A saída do secretário de Fazenda, Julio Bueno, foi oficializada nesta terça-feira (19). Bueno deixa o cargo, mas segue no governo: ele vai assumir o cargo de assessor especial do gabinete do governador. Na Fazenda, assume Gustavo de Oliveira Barbosa, ex-diretor-presidente da RioPrevidência. No lugar dele, ficará Reges Moisés dos Santos, que era diretor do órgão.
Bueno vinha sofrendo pressão para deixar o cargo, mas a oposição criticou a realocação. Eliomar Coelho (Psol) considera que o ex-secretário "caiu para cima" e que se tornará um "supersecretário". Ao RJTV, no início do mês, o presidente da Assembleia, Jorge Picciani (PMDB), disse que o secretário era o "Zico [jogando] na zaga".
"O Júlio é extremamente esforçado. É um servidor público exemplar, honesto, direito, mas não é um especialista em finanças. O Júlio é um engenheiro de produção. Fez um grande trabalho no Espírito Santo e um grande trabalho no Rio de Janeiro em torno de desenvolvimento econômico, de atração de empresas. Ele está deslocado, é como você pegasse o Zico e mandasse para a zaga, ao invés de botar ele para fazer o gol".
Um dia antes de o Estado decretar estado de calamidade, em junho, Bueno disse ao G1 que a previsão de déficit era de R$ 19 bilhões.  “Se fosse uma empresa, primeira coisa que faria era umarecuperação judicial", afirmou, solicitando apoio ao Governo Federal, que acabou se concretizando com R$ 2,9 bilhões.
Na ocasião, Bueno disse que a crise começou a ficar mais aguda em 2015. De acordo com ele, há duas partes nas complicações financeiras do estado, cujas receitas vinham crescendo a 6% ao ano, entre 2007 e 2013: a arrecadação e as despesas.
“A gente tem três problemas: o Brasil e a crise econômica que atravessa, o Rio, que diferente do que se diz tem uma indústria importante, a da siderurgia, petroquímica e automobilística, e claro que a crise brasileira na indústria de transformação impactou a economia do Rio. O ponto dos royalties, que com a queda do preço do petróleo indicou arrecadação menor. E o terceiro, o Rio tem que um dos maiores parques de petróleo do Brasil e a Petrobras [que enfrenta uma crise após as investigações da Lava Jato] é o grande ator do brasileiro, imagina do Rio. Isso do lado da arrecadação”.
Paulo Melo também pode sair
Depois do fechamento de restaurantes populares, o secretário de assistência social Paulo Melo também ameaçou deixar o cargo. Ele diz que faltou "vontade política" para a manutenção.

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