terça-feira, maio 17, 2016

INDIGNAÇÃO, DOR E REVOLTA NO SEPULTAMENTO DE CINTIA

Indignação é o traço geral dos familiares e amigos que foram ao sepultamento de Cintia Cristina, na manhã desta terça, 17, no Campo da Paz, que rodou de  ambulância, inutilmente, pelos hospitais Ferreira Machado, HGG e do Unimed e morreu, conforme denúnciaa de familiares em Boletim de Ocorrências registrado na Delegacia de Policia.
Cintia Cristina


Leia matéria do Jornal Terceira Via:



Dor e revolta marcaram o sepultamento da bacharel em Direito, Cintia Cristina Ribeiro Alcino, de 41 anos, que morreu no último domingo (15), depois de ter o atendimento negado em três hospitais da cidade. Ela foi sepultada no Cemitério Campo da Paz, na manhã desta terça-feira (17). O atestado de óbito de Cintia Cristina aponta a causa da morte como edema agudo pulmonar, miocardiopatia hipertrófica, cardiomegalia e hepatomegalia.

“Ela passou mal no domingo e foi levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e recebeu um atendimento básico, com medição de pressão e uma medicação. Voltamos para casa, mas, ela não teve melhora e nós levamos para Posto de Urgência da Saldanha Marinho. Os médicos de plantão informaram que seria melhor levar para o Hospital Ferreira Machado (HFM) em uma ambulância. Quando chegamos no HFM ela não foi atendida por falta de vaga, ficou na ambulância por 40 minutos, então resolvemos ir para o Hospital Geral de Guarus (HGG). No HGG informaram que não tinha vagas e que teríamos que esperar no corredor. Ficamos angustiados e levamos para o Hospital da Unimed (hospital particular) e pela terceira vez não fomos atendidos. Ela ficou 1 hora e 30 minutos dentro da ambulância, não resistiu e morreu”, contou Isac Ribeiro, primo de Cintia.

Familiares de Cintia não explicaram por qual motivo a mulher não recebeu atendimento no Hospital da Unimed. A reportagem do jornal Terceira Via entrou em contato com o Hospital da Unimed, mas foi informado que o responsável pela assessoria de comunicação só poderá atender depois das 14 horas. 

O primo de Cintia ressaltou que foi um sofrimento de doze horas, desde que ela começou a passar mal, até morrer. “Foi uma peregrinação dentro da ambulância. Temos que achar um responsável pela falta de atendimento. Enfermeiros, médicos, prefeita ou governador. A gente leva uma paciente para ser atendida e vivemos esse sofrimento”, contou.

Sempre respeitando o princípio do contraditório e buscando as diferentes versões para um mesmo fato, o jornal Terceira Via tentou contato com a assessoria do Hospital Ferreira Machado, sem obter respostas. Ainda assim, o jornal aguarda e publicará as versões que forem enviadas.

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