A revelação de uma conversa do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado com o ministro do Planejamento, Romero Jucá, passou a gerar um clima de apreensão em Brasília. 

Caciques do PMDB, e até mesmo do PSDB, avaliam que podem ter sido gravados por Machado para que ele negociasse um acordo de delação premiada junto à Procuradoria Geral da República.

Dentro da Lava Jato, não seria o primeiro caso de gravações pessoais. Isso aconteceu quando Bernardo Cerveró gravou o agora senador cassado Delcídio do Amaral em um diálogo que levou o ex-petista à prisão; e quando um assessor de Delcídio gravou o então ministro da Educação, Aloizio Mercadante.

Machado era próximo da cúpula do PMDB no Senado, inclusive do presidente da Casa, Renan Calheiros (AL).

Segundo caciques peemedebistas, a proposta de Sérgio Machado para uma reunião com Jucá, Renan e o ex-presidente José Sarney também poderia ter sido gravada caso tivesse sido aceita pelos participantes.

Alguns senadores do PMDB agora temem que o teor das conversas com Sérgio Machado sejam divulgados.