sexta-feira, abril 15, 2016

IMPEACHMENT: GAROTINHO NEGA NEGOCIATA DE VOTOS DO PR

Acusado de tentar negociar os votos de Clarissa e Paulo Feijó, ambos, deputados do PR, com o ministro do Governo Dilma, Berzoini, na votação do processo de impeachment, no próximo domingo, 17, Anthony Garotinho, presidente estadual do partido, usou o seu blog para desmentir, o que considera, ilações inescrupulosas.

Leia o post do Garotinho:


15/04/2016 10:50
Deputada Clarissa Garotinho no plenário da Câmara
Deputada Clarissa Garotinho no plenário da Câmara


Pessoas inescrupulosas e sem nenhum compromisso com a verdade tentam espalhar mentiras contra minha filha Clarissa Garotinho e também envolvendo o meu nome. Vamos aos fatos.

A deputada Clarissa Garotinho está grávida de 35 semanas como mostra o atestado médico reproduzido abaixo. Seria um exercício de futurologia, ela engravidar para fugir da votação no dia marcado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Será que alguém há 8 meses atrás já sabia a data em que o impeachment seria votado?

Todo o cidadão minimamente informado sabe que após o sétimo mês de gravidez, os médicos proíbem as gestantes de viajar de avião. Na semana passada, desobedecendo seu médico, Clarissa viajou a Brasília e foi parar no Departamento Médico da Câmara.

Querer insinuar que Clarissa está fugindo da votação do impeachment ou que teria negociado sua ausência em troca de benefícios para Campos é uma desonestidade, até porque ela já se posicionou publicamente favorável ao impedimento da presidente. Além disso há mais de um ano municípios produtores de petróleo estão negociando operações financeiras com instituições públicas e privadas para repor parte das perdas que tiveram com os royalties de petróleo, apontadas pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). É bom lembrar que esta alternativa só foi possível porque em maio do ano passado, o Senado Federal modificou a resolução 43 criando uma excepcionalidade diante da dramática situação financeira dos municípios.

Então vamos lá. Para Clarissa estar hoje negociando sua gravidez, como insinuam algumas pessoas irresponsáveis, ela teria que ter combinado com a ANP, com o Senado Federal, e ter o dom de prever a data em que ela ficaria grávida e não poderia mais viajar coincidindo com o impeachment.

Alguém que seja responsável colocaria a vida de seu filho que vai nascer em risco, desobedecendo uma ordem médica, que diz taxativamente que "a paciente está com ameaça de parto prematuro"?

Engraçado que as pessoas só querem contar um lado da história. Afirmam que eu estive no Palácio do Planalto com o ministro Ricardo Berzoini. Por que não dizem que estive também no Palácio do Jaburu conversando com Michel Temer. Minha posição política sobre o impeachment é clara, e há muito tempo publicada neste blog: sou a favor de eleições gerais porque acho que tanto o PT quanto o PMDB são sócios da situação trágica a que o Brasil chegou, e não acredito, com toda a honestidade, que tendo Eduardo Cunha como vice-presidente do Brasil vamos livrar o país da corrupção. Alguém acredita nisso? Somente o povo detentor da soberania pode legitimar um próximo presidente. É isso que venho defendendo aqui no blog.

Querer associar a licença-maternidade da deputada Clarissa Garotinho a qualquer benefício ao município de Campos ou outras cidades produtoras de petróleo consiste em desonestidade intelectual.

Entendo que no calor das emoções as pessoas estejam movidas por sentimentos extremos, mas isso não dá o direito a ninguém de mentir diante de fatos de que são públicos e incontestáveis.


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