sexta-feira, março 30, 2018

A FARRA E A FÉ



OS MODERNOS VENDILHÕES DO TEMPLO

A Industria Cultural é voraz. Nada escapa aos seus tentáculos.

Natal, Carnaval, e o que mais houver. Tudo é motivo para mercantilizar e saborear os lucros.

Estamos em plena Semana em que o Cristianismo reverencia o Sumo Sacrifício do Nazareno, Filho de José e Maria, que veio para contaminar de Amor a relação entre os homens. Sua coragem em difundir o Amor desmedido, indistintamente, assustou os doutores da Lei, fez ruir o Império de Roma e o castigo que lhe foi imposto não tem precedentes na História Universal. Foi Crucificado, Morto e Sepultado, não sem antes, bradar a quem chamava de Pai; - por que me abandonastes? tamanha foi sua dor. Absoluta era sua Inocência.

O roteiro de seu Martírio é de conhecimento universal.

Há algumas décadas, o calendário de seu retorno a Jerusalém até seu bárbaro assassínio, pregado na Cruz, era de comoção e pesar. As famílias guardavam as datas com respeito e devoção. O ritmo das casas era alterado, assim como a culinária, como uma demonstração mínima de solidariedade, afeto.

A cumplicidade ao Senhor da Dor é finda.

Os descendentes dos vendilhões do Templo venceram.

A farra substituiu a fé.

Do alto da Cruz, se quiser Ele pode repetir: "Perdoai-os, Pai, eles não sabem o que fazem!"

(FLF)

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