quarta-feira, dezembro 13, 2017

POLÍCIA CAÇA MULHER DA AGULHA

Terceira Via



Mulher da agulha continua atacando e polícia intensifica investigação

Segundo uma das vítimas do ataque, a dor foi forte e ela logo pediu ajuda

CAMPOS 
POR REDAÇÃO
 
11 DE DEZEMBRO DE 2017 - 17h52
Casos tem causado medo à população campista (Foto: Silvana Rust)
O caso da mulher que tem ferido pessoas com agulhas no Centro de Campos ainda tem causado grande repercussão. Desde a última semana, pelos menos três casos foram registrados nos hospitais Dr. Beda, Hospital Ferreira Machado e na Unimed.
Neste final de semana, algumas redes sociais divulgaram a foto de uma mulher que seria a suposta pessoa que estaria ferindo as vítimas, mas a foto não passava de um boato.
O pânico na população campista começou quando foi divulgado um relato de que uma idosa teria sido vítima de uma picada na rodoviária. De acordo com as informações, a vítima teria ido ao Hospital Ferreira Machado (HFM) e foi medicada com um coquetel contra doenças sexualmente transmissíveis.
A aposentada, de 68 anos foi uma das vítimas. Na segunda-feira (04), ela conta que passava pela Rodoviária Roberto Silveira quando sentiu uma agulhada em um dos braços. “A dor foi muito forte. Muito forte mesmo. Parecia que ela me beliscou com um alicate e torceu a minha pele. Parei na hora e pedi ajuda a um vendedor que me emprestou álcool para higienizar o local”, contou.
Logo após o incidente, a vítima ligou para a filha dela que a socorreu para o Hospital Dr. Beda, onde passou por uma série de exames e terá que repetir ao longo de 2018. “No dia seguinte, fui por minha conta ao Hospital Ferreira Machado e nem cheguei a ser atendida, logo me encaminharam para uma unidade que faz testes de HIV e quiseram me dar um coquetel anti-HIV, mas como tenho problema de coração preferi não tomar antes de consultar meu médico”, disse.
A aposentada disse que suspeita que o crime tenha sido praticado por uma mulher negra, de roupa vermelha. “Eu a vi correndo logo após o ocorrido”, denunciou. Na tarde desta segunda-feira (11), o delegado titular da 134ª Delegacia Legal do Centro informou que uma das vítimas foi até a delegacia e registrou um boletim de ocorrência. Segundo o delegado, a mulher sentiu uma picada no braço e viu um pouco de sangue. Quando chegou à casa ficou sabendo pela irmã de outros casos e resolveu procurar a DP.
Na ocasião, o HFM informou ao Terceira Via que uma mulher foi a unidade e que a paciente alegou que teria sido picada em via pública, mas que a forma como o ferimento foi causado não poderia ser confirmado como uma “agulhada”. Logo depois deste caso, outros começaram a aparecer.
Na semana passada, o áudio do médico Thiago Amoy, do Hospital Unimed também se espalhou pelas redes sociais. Nele, o clínico geral orientava às pessoas quanto à mulher suspeita e contava que um caso também teria sido registrado no hospital em que trabalhava.
“Eu recebi uma paciente na Unimed, uma senhora idosa, que foi atacada por uma pessoa com agulha. Parece que é uma pessoa que tem HIV, se fura e fica furando as pessoas com a agulha suja de sangue. Segundo a paciente seria uma mulher jovem, entre 25 e 30 anos, magra, de cor parda, cabelo castanho e preso, blusa verde, calça jeans e tênis. Segundo relatos estaria pela Rodoviária e na Praça São Salvador.
Diante de todos os supostos casos e também do medo da população, o 8º Batalhão de Polícia Militar de Campos (8º BPM), divulgou nesta segunda-feira (11), uma nota de orientação para a população.
“O 8º Batalhão informa que em ambos os casos confirmados sobre as “agulhadas” as vítimas não procuraram a PM e foram direto para o hospital. Orientamos para que o registro seja feito  em Delegacia Policial, que é a responsável por investigar o ocorrido e encontrar um possível culpado. O Comandante do 8º BPM orienta que em casos como esse em que a vítima seja capaz de identificar o agressor, que a mesma acione a Polícia Militar de imediato para condução do indivíduo para providencias junto a Polícia Civil.”
O Jornal Terceira Via entrou em contato com a Superintendência de Comunicação da Prefeitura de Campos, pra saber sobre o sistema de câmeras na rodoviária. Em nota, a prefeitura informou que ”
Conforme noticiado pela imprensa, o caso já está sendo investigado pela polícia, mas a prefeitura de Campos, através da Guarda Civil Municipal e do Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGI-M) da Superintendência de Paz e Defesa Social, vem dando apoio às autoridades de segurança para apurar este fato.   A direção do Hospital Ferreira Machado (HFM) informa que vem tratando o caso com cautela e responsabilidade, pois o único registro  encontrado na unidade se refere a uma mulher que deu entrada no hospital, relatando ter sido espetada na rua e que tomou a decisão de ir ao hospital por não saber se a pessoa que a espetou seria ou não portadora de HIV. O hospital não tem como confirmar se este caso está relacionado à suposta agressão que vem sendo divulgada pelas redes sociais e que vem ganhando espaço na imprensa. Como é de praxe, em todos os casos de acidentes biológicos, como perfuração por agulhas ou outros objetos perfuro-cortantes, o procedimento padrão adotado pelo HFM é: ao dar entrada no hospital, fazer o Boletim de Atendimento Médico (BAM) do paciente, no qual constam os dados pessoais e breve relato do motivo de sua entrada no hospital. Depois, é preenchido o Sistema de Informações de Agravos de Notificação e, em seguida, o paciente é encaminhado ao laboratório para coleta de exames e também é feito o teste rápido de HIV e Hepatite. Caso o teste rápido de HIV apresente alguma alteração, é ministrado medicamento retroviral. Também é verificado se o paciente está com a vacina contra Hepatite em dia. Caso contrário, a pessoa recebe encaminhamento para tomar a vacina na Secretaria de Saúde. Após todo o procedimento e do local da lesão tratado, o paciente é encaminhado para o Centro de Doenças Infecciosas e Parasitárias (CDIP), onde é feito o acompanhamento nesses casos.”

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe sua opinião