
— Todos já deixaram a documentação na Câmara. Na terça (hoje), retornando do feriado, a gente vai encaminhar para a Procuradoria e será feita uma análise dessa documentação. Terminada a análise, se estiver tudo ok, a posse será marcada para os próximos dias.
A posse dos quatro suplentes vai ocorrer porque, por meio de decisão cautelar, em mais uma Ação Penal relativa à operação Chequinho, o juiz da 100ª Zona Eleitoral, Ralph Manhães, determinou o afastamento de Ferrugem, Magal, Madureira e Roberto Pinto. A decisão também determinou a prisão domiciliar de Ferrugem e o afastamento de Cecília Ribeiro Gomes (PT do B), que até então exercia o mandato. Contudo, Cecília perdeu o mandato com o calculo do novo quociente eleitoral, devido à validação dos votos de Marcos Bacellar (PDT), por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Bacellar foi empossado no dia 20 de abril.
Para afastar os quatro vereadores, Ralph Manhães seguiu o mesmo entendimento da decisão que impediu a diplomação, em dezembro, dos denunciados pelo mesmo esquema: Kellinho (PR), Linda Mara da Silva (PTC), Ozéias Azeredo Martins (PSDB), Miguelito (PSL), Thiago Virgílio (PTC) e Jorge Rangel (PTB). Vale lembrar que, na semana passada, nova decisão cautelar determinou a prisão domiciliar de Linda Mara.
Com as decisões da Justiça até o momento, os onze eleitos acusados, e condenados em primeira instância, por uso fraudulento do Cheque Cidadão estão fora da Câmara. Dois dos suplentes que já integram o Legislativo, Geraldinho de Santa Cruz (PSDB) e Carlinhos do Canaã (PTC), também foram condenados em primeira instância, mas não houve, até o momento, pedido para afastamento deles.
Dos quatro novos suplentes, dois também são investigados na Chequinho: Thiago Godoy e Roberta Moura, ambos do PR. Ela foi julgada na última sexta e não quis comentar sobre o caso. Ele tem audiência marcada para sexta e diz não acreditar “que essa investigação seja julgada procedente”.

Ex-subsecretário de Governo e considerado braço direito do ex-governador Anthony Garotinho (PR), Godoy obteve 1.539 votos. Ficou na 3ª suplência da coligação PR/PSD/PTB. Assume uma cadeira após os afastamentos de Jorge Rangel, Kellinho, Magal e Ferrugem. É réu na Chequinho e será julgado na sexta.

Obteve 1.182 votos e ficou na 4ª suplência da coligação PR/PSD/PTB. Assume uma cadeira após os afastamentos de Jorge Rangel, Kellinho, Magal e Ferrugem. Ela também é investigada na Chequinho. Na última sexta, foi julgada. Contudo, não quis comentar sobre o caso.

Candidata pelo Partido Republicano Progressista (PRP), Josiane obteve 1.833 votos e ficou na 1ª suplência do PRP. Assume uma cadeira após os afastamento do mais votado e presidente local do partido, Vinicius Madureira. Não é citada no “escandaloso esquema”.

Candidato pelo Partido Trabalhista Cristão (PTC), obteve 1.676 votos e ficou na 3ª suplência da legenda. Assume uma cadeira após os afastamento dos eleitos pelo partido, Linda Mara, Roberto Pinto e Thiago Virgílio, todos já condenados na Chequinho. Ele não é citado no “escandaloso esquema”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe sua opinião