sábado, dezembro 17, 2016

PREVICAMPOS: O POVO DISSE NÃO! E VEREADORES DA OPOSIÇÃO FIZERAM A LIÇÃO DE CASA

Jornal Terceira Via.




Governo Rosinha sofre dura derrota e desiste de alienar bens

Pressão popular vez prefeita recuar após três tentativas de votar projeto polêmico

Após três tentativas de votação e forte pressão popular, a prefeita Rosinha Garotinho sofreu uma derrota e se viu obrigada a pedir para retirar de pauta, na última sexta-feira (16), o polêmico projeto de lei que autorizava a alienação de bens públicos municipais para cobrir dívidas da PreviCampos. Ela encaminhou ofício ao presidente da Câmara de Vereadores, Edson Batista, pedindo para suspender a votação e explicando que não existe rombo no Fundo de Previdência e que há em caixa R$ 900 milhões, que afastarão qualquer problema de fluxo de caixa em curto prazo. A explicação, no entanto, foi contestada pelo vereador eleito Claudio Andrade, autor da ação civil pública que suspendeu os efeitos da votação antes da sessão acontecer. Para ele, no caixa da PreviCampos deveria ter muito mais.

No ofício enviado à Câmara, Rosinha explica os motivos que a levaram a retirar de pauta o projeto. “Infelizmente, setores da imprensa, descompromissados com a verdade, e pessoas que desconhecem o que vem a ser cálculo atuarial, aproveitaram desta situação para insinuar a existência de rombo no fundo municipal da previdência, que nos dias de hoje tem liquidez superior a R$ 900.000.000,00 (novecentos milhões de reais) em caixa, para uma folha de aposentados e pensionistas em torno de R$ 12.000.000,00 (doze milhões de reais) por mês, não tendo problema algum de fluxo de caixa a curto prazo”, justificou a prefeita.

Ainda segundo explicações da prefeita, o projeto foi enviado à Câmara “no intuito de tão somente compor o cálculo atuarial do Fundo de Previdência dos Servidores deste município, para que daqui a 15/20 anos estes não passem o que os funcionários do Estado do Rio de Janeiro passam hoje”.

Já Cláudio Andrade explicou que, para que a PreviCampos tivesse saúde financeira, deveria ter em caixa R$ 2,5 bilhões, segundo análise técnica do ano de 2015. Com esse valor, estaria garantida a aposentadoria dos servidores públicos nos próximos 35 anos. No entanto, dados públicos dos Demonstrativos de Aplicações e Investimentos dos Recursos (Dair) apontam que no primeiro balancete de 2016, referente aos meses de maio/junho, o saldo da PreviCampos era de R$ 1.207 bilhões. Já no balancete dos meses de julho/agosto houve uma queda para R$ 1.126 bilhões, ou seja, um déficit de R$ 80 milhões.

“Partindo do princípio de que Rosinha anunciou através do seu ex-secretário de Governo que a PreviCampos possui 900 milhões em caixa, podemos constatar que, além dos 80 milhões do primeiro balancete, a informação da prefeitura comprova já um novo déficit de R$ 200 milhões”, explicou Cláudio Andrade.

Cálculo atuarial — é aquele que se utiliza das Ciências Atuariais (probabilidade, matemática, estatística, finanças, economia, computação) para avaliar riscos na indústria de seguros e finanças.

2 comentários:

  1. Gil Roberto Campinho Rabello18 de dezembro de 2016 às 13:51

    Fernando, o PREVICAMPOS de acordo com calculo atuarial deveria pagar os futuros aposentados a partir de 2015 e não os antigos que teriam que ser pagos com recursos próprios da União (PMCG), é o que está gerando toda esta polêmica. Para que serve o atuário?

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  2. Fernando, deveria observar não somente o DAIR que são as aplicações e investimentos mas também o DIPR que são as aplicações mais as despesas do Instituto.

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