terça-feira, novembro 01, 2016

MAR DE RESSACA AVANÇA EM ATAFONA

O Diario:



Ressaca alaga ruas e erosão expõe ruínas em SJB

Prazo para demolição da caixa dágua em Atafona sem definição

Uma ressaca no mar, com ondas de 2,5 metros, atingiu ruas do Pontal de Atafona, em São João da Barra (SJB), na madrugada desta segunda-feira(31). Segundo o coordenador de Defesa Civil do município, Felício Medeiros Valiengo, devido à ressaca, ocorrida por volta das 2h, a água do mangue ultrapassou a faixa de areia e acabou atingindo várias ruas, mas não houve feridos e nenhuma família precisou ser removida. 

Ele disse que equipes da Defesa Civil estiveram no local na manhã de ontem para a retirada da água por meio da abertura de valas. 

Outro local afetado foi a área que ficou conhecida como “hotel do Julinho”, destruído pelo processo de erosão marinha que ocorre em Atafona desde a década de 70, de acordo com a Defesa Civil. Felício explicou que uma erosão de 20 metros expôs as ruínas que estavam cobertas pela areia. 

O prédio do “Julinho”, que também foi supermercado, padaria e lanchonete, veio abaixo em abril de 2008, numa outra aproximação do mar. Ninguém se feriu a época. Meses antes, a Defesa Civil havia interditado o local.
 
Sobre a caixa d'água, situada na Rua João Batista de Almeida, interditada pela Defesa Civil em setembro deste ano, devido ao risco de desabamento, Felício afirmou que ainda não há uma data prevista para a demolição.  “Como a caixa d´água pertence à Cedae, a empresa já foi notificada para a retirada de materiais como bombas e tubulações que estão no local. Só depois disso é que o imóvel poderá ser demolido”, disse ele. A Cedae teria pedido um prazo maior para a retirada dos equipamentos. 

Destruição — Nos últimos 30 anos, mais de 180 casas, em 14 quarteirões, teriam sido destruídas. Além de casas, bares e restaurantes se transformaram em escombros. Em 2003, a Universidade Federal Fluminense (UFF) e Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) iniciaram o projeto “Atafona” com o objetivo de levantar dados para descobrir os principais agentes da dinâmica erosiva, estimar a velocidade e a intensidade do fenômeno para os próximos anos, além de tentar desvendar as causas da erosão.

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