sexta-feira, setembro 23, 2016

AVISO DA POLÍCIA FEDERAL: VAMOS PRENDER QUEM VENDE E QUEM COMPRA VOTO

JORNAL TERCEIRA VIA:



“A PF é a guardiã da lisura do processo eleitoral”, diz delegado

Uma secretária municipal e a coordenadora do Cheque Cidadão foram presas na manhã desta sexta


A Polícia Federal (PF) prendeu nesta sexta-feira (23) a secretária de Desenvolvimento Humano e Social de Campos, Ana Alice Ribeiro, a coordenadora do Cheque Cidadão, Gisele Koch Soares, e oito pessoas suspeitas de serem beneficiários irregulares do programa social da Prefeitura. As detenções foram parte da operação “Vale Voto”, que investiga a compra de votos no município. Durante a ação foram cumpridos, ainda, quatorze mandados de busca e apreensão.

Para o delegado federal Paulo Cassiano Júnior, a operação passa uma mensagem clara. “A Polícia Federal é a guardiã da lisura do processo eleitoral e, com essas prisões, deixamos evidente que estamos de olho tanto em quem compra votos, como também em quem vende seu direito e sua cidadania. Prendemos não apenas a cúpula da secretaria, mas também aqueles que estão na outra ponta deste esquema criminoso”, disse.

Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, os agentes da PF encontraram uma lista de possíveis beneficiários clandestinos do Cheque Cidadão. Já na casa de Ana Alice, foram apreendidos materiais de campanha do candidato a prefeito Dr. Chicão e de candidatos a vereadores. Eles seriam os beneficiários diretos do esquema de compra de votos.

“A lista contém nomes, números de registro no Cadastro de Pessoa Física (CPF), endereços e candidatos aos quais essas pessoas teriam prometido voto em troca da inscrição no programa social”, afirma, completando: “De dois meses para cá, o número de beneficiários mais do que dobrou, saltando de 12 mil para cerca de 30 mil”, informou Cassiano.

A delegada federal Carla Melo Dolinski afirmou que o papel da secretária de Desenvolvimento Humano e Social e da coordenadora do Cheque Cidadão no esquema era o de autorizar a inclusão de novos beneficiários.

“Há indícios de que elas teriam usado da influência de seus cargos para que novos beneficiários fossem inclusos sem passar pela avaliação social e de que teriam pressionado funcionários da Secretaria a conceder os benefícios do programa em regime de urgência”, revelou.


Ana Alice e Gisele foram encaminhadas para o presídio feminino Nilza da Silva Santos, em Campos, onde permanecerão por cinco dias. As prisões poderão ser prorrogadas por igual período, a critério da Justiça Eleitoral, que expediu os mandados.

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