quarta-feira, julho 06, 2016

JUSTIÇA NEGA, DE NOVO, HABEAS CORPUS PARA CONDENADOS DO CASO "MENINAS DE GUARUS"

Os presos condenados pela Justiça, no caso conhecido como"Meninas de Guarus" continuam no complexo de Bangu, pavilhão 8. Pela segunda vez, os envolvidos tiveram negado seus pedidos de habeas corpus.

Leia no G1:


06/07/2016 12h14 - Atualizado em 06/07/2016 12h14

'Meninas de Guarus'; Justiça nega segundo pedido de habeas corpus

Gustavo Ribeiro foi condenado a 8 anos de prisão.
Caso investiga exploração sexual de crianças em Campos, no RJ.

Do G1 Norte Fluminense
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) informou que os réus Gustavo Ribeiro Poubaix, condenado a 8 anos, e Cleber Rocha, condenado a 6 anos e 6 meses de prisão por envolvimento no caso "Meninas de Guarus", tiveram os pedidos de habeas corpus negados. Os réus mantinham e exploravam sexualmente crianças e adolescentes em uma casa em Guarus. Este é o segundo pedido negado a Gustavo Ribeiro, que foi o último foragido do caso a se entregar. 
Jayme Cesar de Siqueira, condenado a seis anos, teve o pedido negado no dia 10 de junho e conseguiu a liminar de transferência para unidade prisional compatível com a sentença de regime semi-aberto, ainda segundo o TJRJ.
No dia 29, a corte negou o pedido de habeas corpus de Renato Pinheiro Duarte, condenado a 14 anos de reclusão.
Ao todo, foram 14 condenados pelos crimes de quadrilha armada, estupro de vulnerável e exploração sexual de crianças e adolescentes em Campos dos Goytacazes, no Norte do Estado. Em junho, uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) prendeu 12 envolvidos no caso.
O caso
O caso "Meninas de Guarus" é investigado desde 2009. De acordo com a denúncia, os réus mantinham e exploravam sexualmente crianças e adolescentes, entre 8 e 17 anos, em uma casa em Guarus, distrito de Campos. O lugar era mantido com as portas e janelas trancadas, sempre sob vigília armada, e as vítimas eram obrigadas a consumir drogas.
Trinta programas por dia
Em agosto de 2015, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) informou que as vítimas, que seriam crianças e adolescentes entre 8 e 17 anos, chegavam a fazer 30 programas por dia.
Após negociação, as vítimas eram levadas de carro até os "clientes", para realizar programas sexuais em diversos motéis e alguns hotéis da cidade.
Ainda segundo o Ministério Público, crianças e adolescentes eram submetidos a todos os tipos de práticas sexuais. Em alguns casos, iam com o nariz sangrando por causa do consumo de cocaína.
Pelos programas realizados, recebiam comida e drogas e, em alguns casos, uma parte do valor pago pelo "cliente". O bando também firmou convênios com proprietários de hotéis e motéis locais, onde parte dos encontros era realizada.

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