terça-feira, julho 12, 2016

EDUARDO CUNHA VAI, PESSOALMENTE, À SESSÃO DA CCJ FAZER SUA DEFESA

O deputado Eduardo Cunha decidiu comparecer, pessoalmente, à sessão da CCJ para fazer sua defesa. Sua presença, na Câmara Federal, atiçou os ânimos e manifestantes gritaram palavras de ordem contra o parlamentar.

Veja no G1:


12/07/2016 14h05 - Atualizado em 12/07/2016 14h46

Cunha decide ir pessoalmente à CCJ se defender no processo de cassação

Comissão discutirá nesta terça (12) parecer que analisa recurso do deputado.
Relator recomendou que votação no Conselho de Ética seja anulada.

Fernanda CalgaroDo G1, em Brasília


O ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB/RJ) decidiu comparecer pessoalmente nesta terça-feira (12) à sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na qual será discutido o parecer que analisa seu recurso para anular a votação do processo de cassação no Conselho de Ética. O peemedebista chegou ao plenário do colegiado às 14h26.
Ele ingressou no Legislativo, pelo prédio do Anexo 2 da Câmara, cercado de seguranças da Casa. No momento em que Cunha entrava no prédio, uma das pessoas que estava na portaria xingou o peemedebista de "bandido".
"Bandido! Cadeia no Cunha! Vai para a cadeia, bandido", gritou o homem.
O deputado do PMDB ignorou os insultos e se dirigiu rapidamente para o plenário da CCJ cercado por jornalistas. Os integrantes da comissão irão analisar nesta terça o relatório apresentado na semana passada pelo deputado Ronaldo Fonseca (PROS-DF).
No parecer, o parlamentar do Distrito Federal acata pedido da defesa de Eduardo Cunha e recomenda anular a votação do Conselho de Ética que pediu a cassação do mandato do peemedebista.
Na última quarta (6), Fonseca já leu o seu parecer, que defende que a votação no Conselho de Ética seja anulada por considerar que houve um erro no procedimento. A discussão e a votação do relatório, entretanto, foram adiadas porque foi concedido pedido de vista de dois dias úteis para que os deputados pudessem analisar o caso.
No início da sessão desta terça, o relator do recurso irá ler um complemento do voto em resposta a um pedido feito por Cunha para que o processo fosse delvido ao Conselho de Ética.
Horas após renunciar à presidência da Câmara na semana passada, o peemedebista apresentou um aditamento para que o seu caso voltasse ao Conselho de Ética para ser revisado, sob o argumento de que agora não é mais presidente. Fonseca, no entanto, negou esse pedido.
Assim que o relator terminar a leitura, será dada a palavra à defesa de Cunha, que terá o mesmo tempo total usado pelo relator. Na semana passada, a leitura do voto dele levou 2h19. A esse tempo serão somados os minutos que ele levará para ler o complemento do seu voto.
Em seguida, discursarão os deputados inscritos. Membros da CCJ terão 15 minutos e não-membros, 10 minutos.
Também haverá tempo para os líderes partidários se manifestarem - o tempo varia de 3 a 10 minutos de acordo com o tamanho da bancada. Em seguida, o relator poderá fazer uma réplica por 20 minutos e a defesa poderá falar mais uma vez por 20 minutos. O passo seguinte é a votação, que acontece por meio do painel eletrônico.
Depois da fase de recurso na CCJ, a decisão final sobre a cassação de Eduardo Cunha ficará a cargo do plenário da Câmara. Diante da possibilidade de a Câmara paralisar os trabalhos por conta do “recesso branco” neste mês, a definição sobre o caso pode ficar só para agosto.
No recurso apresentado à CCJ, Cunha questiona diversos pontos que considera erros de procedimento na tramitação do processo que o investigou no Conselho de Ética. Ele responde por, supostamente, ter ocultado contas bancárias no exterior e ter mentido sobre a existência delas em depoimento à CPI da Petrobras.
Ele nega as acusações e afirma ser beneficiário de fundos geridos por trustes (empresas jurídicas que administram recursos).

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