Por Almir Quites - 04/03/2016
Hoje, agentes da Polícia Federal chegaram ao apartamento do ex-presidente Lula, em São Bernardo do Campo, para cumprir ordem de busca e apreensão emitida pelo juiz Sérgio Moro, da Justiça Federal do Paraná. Lula e seus "cumpanheiros" se constituem num enorme risco de destruição provas importantíssimas. O que precipitou os acontecimentos foi a descoberta de vazamentos de informações da Polícia Federal, inclusive quanto à quebra de sigilo bancário e fiscal de Lula e de seus filhos.
Lula foi alvo de um mandado de condução coercitiva, para depor e foi levado para a sede da PF no Aeroporto de Congonhas. Hoje, a Polícia Federal cumpriu 33 mandados de busca e apreensão e 11 de condução coercitiva, nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia.
A condução coercitiva de Lula e de seu filho, Fábio Luiz, era esperada, só não se sabia quando seria. Ainda assim, foi como a deflagração de uma bomba de contrastes, enquanto uns corriam, outros exultavam de alegria e outros ainda queriam se insurgir.
O ex-presidente é investigado sobre vantagens indevidas recebidas de empreiteiras durante e após seu mandato, como, por exemplo, a reforma de um sítio frequentado por ele em Atibaia e de um apartamento tríplex no Guarujá. As obras em questão teriam sido pagas pelas empresas Odebrecht e OAS.
Os desdobramentos da operação de hoje devem ser catastróficos para o Governo e para Lula, que ainda tentava se manter como um candidato viável para disputar a presidência em 2018. O Instituto Lula, umbilicalmente ligado ao ex-presidente, também é alvo da operação. Seu presidente, Paulo Okamoto, também deverá ser levado coercitivamente para depor.
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