domingo, novembro 15, 2015

O QUE SE SABE SOBRE OS ATAQUES A PARIS

POR O GLOBO 15/11/2015 11:58 / atualizado 15/11/2015 12:27
RIO — Após os oito ataques na capital francesa, que deixaram 129 pessoas mortas e mais de 350 feridos, a França decretou alerta vermelho e fechou as fronteiras do país. Na manhã deste sábado, o grupo extremista Estado Islâmico (EI) reivindicou a autoria dos ataques. Começou também a caçada pelos responsáveis: foram realizadas prisões na Alemanha, Bélgica e França.

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Confira um apanhado de informações para entender melhor o caso:

ATAQUES

Na noite de sexta-feira, a partir das 21h do horário local, terroristas atacaram ao menos oito pontos de Paris. Foram registrados ataques na casa de shows Bataclan, no bar Le Carillon e no restaurante Le Petit Cambodge, que ficam na rua Alibert, no bar La Belle Equipe, na rua Charonne, também foi registrado ataque na Pizzaria Casa Nostra, além do entorno do Stade de France. As regiões perto do popular canal Saint Martin viveram um cenário de caos.

PRISÕES

Desde os ataques já foram realizadas prisões na França, Bélgica e Alemanha.

Após buscas em um distrito de Bruxelas, a polícia belga realizou várias prisões de pessoas supostamente ligadas aos ataques em Paris e reivindicados pelo EI, informou o ministro da Justiça da Bélgica. Em uma mensagem no Twitter, Koen Geens disse que as ações estavam relacionadas a um veículo com placa belga visto perto da casa de shows Bataclan, onde 89 pessoas morreram.

Um dos carros utilizado nos ataques foi parado na fronteira com a Bélgica. Nele, foram presos um francês e outras duas pessoas, segundo Molins. O carro havia sido alugado no país vizinho, de acordo com o promotor.

Na Alemanha, um suspeito de relação com os ataques foi preso, mas se recusa a falar dos atos em Paris. O homem de Montenegro, de 51 anos, foi detido na semana passada com fuzis Kalashnikovs e explosivos, no entanto afirma desconhecer as armas apreendidas.

O CARRO

Um veículo, encontrado em Montreuil, seria o utilizado pelos atiradores que abriram fogo contra as pessoas em restaurantes a sexta-feira à noite. Vários fuzis do modelo AK47 foram encontrados dentro do carro. Isso parece confirmar a teoria de que alguns atiradores conseguiram fugir do local do ataque.


TERRORISTAS

De acordo com o promotor de Paris, François Molins, três grupos comandaram os ataques. Os terroristas se distribuíram para conduzir ataques com fuzis e cintos com explosivos — alguns feitos de Taap, um composto que facilmente passa despercebido por cães farejadores.

Um dos terroristas foi identificado como Omar Ismael Mostefai, um cidadão francês de 29 anos de ascendência argelina. Ele era conhecido pelo serviço de Inteligência francesa desde 2010 pela Justiça como pequeno delinquente e por ligações com radicais islâmicos. Ele, inclusive, teria sido radicalizado por um imã belga. Mostefai provavelmente passou alguns meses na Síria entre 2013 e 2014, depois viajou à Turquia, porta de entrada de muitos extremistas aos redutos do Estado Islâmico. Ele teria sido um dos responsáveis pelo ataque ao Bataclan.

Seis parentes de Mostefai foram detidos pela polícia francesa.

Um passaporte encontrado pela polícia francesa perto do corpo de um dos suspeitos pertencia a um cidadão sírio, identificado como Ahmed Almohamed, de 25 anos, de acordo com o tabloide sérvio “Blic”. Ele teria chegado à Europa pela Grécia e seguido o caminho utilizados pelos imigrantes até aos países do Norte da Europa, pela Sérvia, Hungria e Croácia.

Os agentes procuram ainda por outros envolvidos no caso.

BRASILEIROS

Três brasileiros ficaram feridos no ataque em Paris. Gabriel Sepe, Camila Issa e Diego Mauro. Sepe e Camila estavam no restaurante Le Petit Cambodge no momento do atentado. Ele levou três tiros nas costas e a informação é de que seu estado de saúde é estável, segundo o Consulado Geral do Brasil em Paris, que acrescentou que a outra brasileira ferida também passa bem.

As famílias das vítimas já embarcaram para Paris.



Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/mundo/o-que-se-sabe-ate-momento-sobre-atentado-em-paris-18056159#ixzz3rb34AznW

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