domingo, agosto 23, 2015

ARNALDO VIANNA SE COLOCA COMO PRÉCANDIDATO A PREFEITO

Folha da Manhã - Blog do Bastos:



Sem medo do “rolo compressor”

Alexandre Bastos
“O nosso município vive um momento dramático. O grupo que prometeu mudança quebrou a Prefeitura”, dispara o ex-prefeito Arnaldo Vianna (PDT), que se coloca como pré-candidato à Prefeitura de Campos. Em entrevista à Folha, o pedetista se mostrou confiante na força da oposição e afirmou que o “rolo compressor não assusta mais ninguém”. Para o médico, muita gente vai querer se “descolar de um governo desgastado”. Sobre os problemas jurídicos, enfrentados por ele nas últimas campanhas, Arnaldo demonstrou confiança. “Dessa vez vou disputar a eleição de igual para igual”. Ele também deixou claro que não vêm problema em dialogar com outros membros da oposição, mesmo com pensamentos diferentes, e políticos do bloco “independente”. “Temos que unir quem deseja oferecer um projeto alternativo e moderno”, frisou.

Folha da Manhã – Nas eleições de 2008, 2010 e 2012 você esbarrou em obstáculos jurídicos e esse “calcanhar de Aquiles” foi alvo dos adversários, que diziam: “o voto em Arnaldo não é válido”. E agora, para 2016, como reverter as pendências jurídicas e fazer o eleitor acreditar que o voto será válido?
Arnaldo Vianna – Não disputei uma eleição de igual para igual nos últimos anos. Queria falar sobre projetos para Campos e, por diversas vezes, tive que ficar respondendo sobre questões jurídicas. Mesmo assim, muitos campistas continuaram ao meu lado. Infelizmente tem gente que precisa do tapetão para tentar vencer. Mas estou confiante de que vamos entrar de igual para igual na próxima eleição. Será possível falar sobre propostas, principalmente neste momento dramático do nosso município. O governo que prometeu mudança quebrou a Prefeitura.

Folha – Em caso de impedimento jurídico, pensa em um plano B. Há quem diga que poderia ser o seu filho, Caio Vianna (PDT). Existe essa possibilidade?
Arnaldo: O momento não é de pensar em plano B, mas sim de fortalecer a base partidária e de coligações para chegarmos fortes na campanha.

Folha – Em entrevista à Folha, o deputado federal Paulo Feijó (PR) afirmou que “a oposição é muito desunida e desestruturada eleitoralmente”. Afinal, existe diálogo entre os membros da oposição? Como é a sua relação com outros prefeitáveis da oposição, como os vereadores Rafael Diniz (PPS) e Nildo Cardoso (PMDB), e os deputados estaduais João Peixoto (PSDC) e Papinha (PP)?
Arnaldo – Acho interessante o deputado falar em desunião na oposição quando o grupo que ele faz parte conta com divisões internas de todos os tipos. O problema é que no grupo deles tem uma figura que gosta de estimular essas guerras internas. Sobre a oposição, é lógico que existem pensamentos diferentes, mas todos estão focados em oferecer uma alternativa ao grupo que conseguiu deixar a cidade em uma situação caótica, mesmo tendo mais de R$ 13 bilhões em seis anos e oito meses. Estamos dialogando com diversas forças da oposição e vamos repetir em 2016 a vitória histórica de Pezão na eleição de 2014, quando venceu em cinco das sete zonas eleitorais de Campos.

Folha – Como avalia a chegada do deputado estadual Geraldo Pudim (PR) ao PMDB, com o apoio do cacique Jorge Picciani e do prefeito do Rio, Eduardo Paes?
Arnaldo – Não sou membro do PMDB e prefiro não opinar sobre as decisões do partido. Confio na palavra do governador Luiz Fernando Pezão, que já deixou claro que vai estar ao lado de quem caminhou com ele em 2014.

Folha – E os “independentes”, após Albertinho (Pros) e Jorge Magal (PR), acha que outros poderão voltar para o ninho rosáceo? Como está o diálogo com os vereadores Gil Vianna (PR), Genásio (PSC), Dayvison Miranda (PRB) e Alexandre Tadeu (PRB)?
Arnaldo – Assim como acontece na vida, a política é feita de escolhas e renúncias. Eu tomei decisões importantes e segui o meu caminho. Mas cada pessoa pensa de uma maneira. Vou continuar conversando com os políticos que desejam participar de um projeto alternativo e moderno, algo bem diferente de projetos pessoais e megalomaníacos.

Folha – Na disputa pela Prefeitura de Campos em 2012 o então governador Sérgio Cabral (PMDB) optou por um apoio maior ao médico Makhoul Moussallem (PT), que obteve 61.143 votos e ficou em segundo lugar. Dessa vez, qual é a sua opinião sobre a atuação do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) na eleição de Campos?
Arnaldo – Basta analisar as últimas eleições para notar que cada pleito tem a sua peculiaridade. Em 2012 o governador tinha um plano. Agora, a história é outra. Como disse anteriormente, acredito na palavra do governador Luiz Fernando Pezão. Ele deixou claro que vai estar ao lado de quem caminhou com ele em 2014. Mas antes de falar em apoio de políticos, temos que ter o principal apoio de todos, que é o da população.

Folha – Em 2012 o desempenho dos candidatos a vereador do PDT foi muito fraco. Inclusive, após muitos anos de destaque em Campos, o partido ficou sem representante na Câmara. O que vem sendo feito para reverter essa situação?
Arnaldo – Enfrentamos uma máquina poderosa, que fez de tudo para prejudicar e cooptar. Mas agora estamos fazendo um trabalho intenso e já contamos com uma mistura entre nomes experientes, jovens promessas e revelações de várias partes do município. O chamado rolo compressor não assusta mais ninguém. E vai ter muita gente querendo se descolar de um governo desgastado.

Folha – Na última segunda-feira a Câmara de Campos aprovou, por 15 votos a 9, a “venda do futuro”. Qual é a sua posição sobre a estratégia do governo Rosinha para arrumar a casa?
Arnaldo – Nos meus primeiros anos enfrentei dificuldades e chegaram a cogitar uma antecipação. Vieram me oferecer como se fosse o melhor negócio do mundo. Não aceitei e busquei alternativas. Ajustamos as contas e não precisamos de empréstimo. Depois disso ainda criei o Fundecam, para atrair grandes empresas e tornar a nossa cidade menos dependente dos royalties. Pena que não deram sequência ao nosso planejamento. O que estamos vendo hoje é um governo quebrado. Em 2014 eles governaram com um orçamento quatro vezes maior do que o valor da minha época. Mesmo assim, precisaram antecipar R$ 250 milhões. Agora, para 2015, querem um novo empréstimo. É o retrato da falta de planejamento. E a casa não vai ficar arrumada com mais um empréstimo. Isso é uma grande bola de neve.

Folha – Os membros do grupo governista alegam que a oposição quer a “volta do passado” e afirmam que não são apresentadas alternativas para enfrentar a crise. No lugar da prefeita, o que faria nesse momento de queda de arrecadação? Daria algum conselho?
Arnaldo – Na falta de argumentos eles apelam para os ataques. É uma tática velha. Neste momento, já que não investiram em nada para tornar a cidade menos dependente e enfraqueceram as ações que tinham essa finalidade, a única saída é cortar na carne. Mas eles não vão fazer isso. Porque antes de pensar nas próximas gerações, eles só vivem pensando nas próximas eleições. É hora de assumir a culpa. E a prefeita não pode terceirizar isso. Ela tem que aparecer e reconhecer que errou na escolha das prioridades, pedir desculpas e anunciar um verdadeiro corte na carne. Como podemos ter uma empresa que recebe milhões para fiscalizar obras se as obras estão paradas? Como podemos ter manutenção de belos jardins enquanto as Unidades de Saúde estão sucateadas?

Qual será o papel da ex-vereadora Ilsan Vianna neste projeto visando 2016? Ela poderá disputar novamente uma cadeira na Câmara?
Arnaldo – A ex-vereadora Ilsan Vianna é vice-presidente do PDT, sempre junto a mim e ao nosso grupo nas articulações políticas. Seu papel é importantíssimo pela experiência, visão, competência administrativa e comprometimento com a população de Campos. Sobre candidatura, assim como ocorreu em 2012, ela não estará na disputa.

Folha – Quais são as diferenças entre o Arnaldo Vianna de hoje e o que deixou a Prefeitura no final de 2004? Faria muitas coisas diferentes, no caso de um novo governo?
Arnaldo – O tempo ensina muito. Hoje consigo ter uma noção melhor sobre a importância de uma boa equipe, mesclando nomes mais jovens com outros mais experientes. Mas tenho muito orgulho do nosso governo. Deixei a Prefeitura com mais de 80% de aprovação. A Saúde era organizada, na Educação fomos pioneiros ao apostar na inclusão digital e valorizamos os professores. Na área do Esporte, desenvolvemos diversos projetos. Natação, basquete, vôlei, futebol, criamos as academias ao ar livre e tínhamos equipes de ponta no vôlei e basquete. Na Cultura, nosso governo foi além dos shows. Tínhamos um trabalho nas comunidades, os cafés literários e muitos jovens daquela época hoje são grandes artistas. Criamos o Fundecam, Navegar é Preciso, fortalecemos os agricultores e fizemos obras históricas, como o Hospital Geral de Guarus. Creio que agora, mais experiente, podemos fazer muito mais.

Folha – Nos bastidores, quem vê as primeiras pesquisas já consegue notar que o seu nome é forte. Porém, há também uma alta rejeição, como já foi visto no pleito de 2012. Como avalia esse índice de rejeição ao seu nome?
Arnaldo – É natural que os nomes mais conhecidos tenham uma rejeição maior. Isso porque você se torna adversário direto de um grupo e, por consequência, os simpatizantes deste grupo ficam contra. Mas isso não me assusta. Vamos continuar trabalhando.

Folha – Durante muitos tempo era natural a entrada de médicos na política de Campos. Porém, nos últimos anos, fica nítido que jovens médicos estão cada vez mais afastados da política partidária. O que poderia ter gerado esse afastamento?
Arnaldo – Nos últimos anos temos em Campos um governo que não sabe dialogar com os médicos. Na verdade, não sabe dialogar com ninguém. Isso acaba gerando uma repulsa por parte dos jovens médicos. Mas acredito que, aos poucos, as novas gerações, de todas as áreas, vão entender que é hora de participar mais. A eleição vai muito além do voto.

Folha – No final de 2004 você deixou a Prefeitura com mais de 80% de aprovação e venceu dois duelos contra Garotinho. Em 2004, com Carlos Alberto Campista e em 2006, com Alexandre Mocaiber, além de se eleger deputado federal com uma expressiva votação. Porém, em 2016, vai completar 10 anos sem vencer uma eleição. O que houve? Foram só os problemas jurídicos ou os equívocos dos sucessores “colaram” em seu nome?
Arnaldo – Como eu disse, nos últimos anos não disputei uma eleição de igual para igual. Usaram as mais variadas táticas para transformar o debate político em um debate jurídico. O interessante é que figuras que já foram condenadas, até por formação de quadrilha, estão aí disputando eleições sem problemas jurídicos. Mas não me abalei. Voltei a atuar como médico em Campos e nos municípios da região. E esse contato direto com as pessoas me fez muito bem. Nada acontece por acaso e tudo na vida acontece no tempo certo.

9 comentários:

  1. Os servidores municipais,adoram Arnaldo Viana.!!!

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  2. Meu prefeito tem meu voto

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  3. Os funcionários fantasmas, adoravam mesmo... Péssimo administrador! Acabou com a cidade, deixou os bairros acabados.

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  4. Ele sabe que não pode se candidatar por pendências administrativas, a quem quer enganar mais uma vez???
    Ou cumpre ordens da "eterna" ex esposa ???

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  5. Só os desesperados falam contra Dr Arnaldo!

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  6. Hora esse anonimo puxa saco da boquinha está falando bobagem como falar de um ex prefeito como Arnaldo que saiu nos braços e coração do povo, tanto que elegeu seus dois sucessores inclusive contra o atual lider espiritual dos povos duas vezes então ele não foi péssimo adiministtrador e sim exelente

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  7. Analdo tem o meu voto quantas vezes for preciso . Adorooooooooo

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  8. Dr. Arnaldo Viana tem o meu apoio e de toda minha família que é muito grande. Tami juntos Dr. Arnaldo...deixem falar...o sr.vai mostrar quem é o sr. Parabéns... Siga em frente que a Vitoria e certa...boa noite.

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  9. Arnaldo Arnaldo Arnaldo Arnaldo Arnaldo Arnaldo Arnaldo Arnaldo Arnaldo Arnaldo Arnaldo Arnaldo Arnaldo Arnaldo Arnaldo Arnaldo Arnaldo Arnaldo Arnaldo

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