Recentemente houve uma das mais acertadas medidas do IMTT, que promoveu mudanças nas ruas Tenente Coronel Cardoso e Saldanha Marinho - resgatando o conceito do Plano Trânsito Livre 2000, implementado pela EMUT, na época do arquiteto e urbanista Ronaldo Linhares - ambas com importantes funções, apesar de serem vias radiais (o conceito atual de urbanismo prima por vias perimetrais) no fluxo viário de nosso município, pois, dão agilidade ao conturbado trânsito no eixo leste-oeste, compondo o sistema binário, tão sonhado para a "dupla" Ponte General Dutra e Ponte Alair Ferreira (Mocaiber), estas seriam binários no eixo norte-sul. Qual a razão de ainda não ter sido efetuado ?
Combinado nos gabinetes, mas não com a população, de um momento para o outro aquela centelha de acerto (caso R. Saldanha Marinho e R. Tenente Coronel Cardoso) se foi como que por ter sido um lapso (quero acreditar que não), no caso das obras de drenagem no trecho do cruzamento da Av. José Alves de Azevedo e Rua Tenente Coronel Cardoso, onde percebemos exatamente a completa falta de planejamento por não oferecer alternativas ao fluxo viário Guarus-Centro, devido aos grandes transtornos vivenciados pelos campistas e viajantes, visto a concentração e retenção do trânsito nas pontes General Dutra e Saturnino de Brito (Lapa). A população reclama, muito, mas nada parece incomodar o IMTT, que já inovou (?) ao implantar o "ECA"(Enviesado de Concreto Anormal) em uma das pistas da Av. José Alves de Azevedo, próximo ao Camelódromo (provisório?), que dá um "sacode" no veículo, no motorista e em seus ocupantes. Será que o "ECA" é algum dispositivo para alertar um possível motorista sonolento e uma providencial "arrumação" nos ocupantes dos veículos?
Mas, quanto ao trânsito emergencial, como meios alternativos e temporários, poderiam ser estudadas as seguintes possibilidades:
1- Liberação da Ponte General Dutra, em mão dupla, devidamente sinalizada e orientada pela Guarda Municipal. Isso seria importante, pois desafogaria o trânsito da Ponte Alair Ferreira, que acumula veículos intra- urbanos (locais) e inter-urbanos (rodoviários). Por esta via, seria alcançada a Av. XV de Novembro, à direita, de onde poderiam ir à Pecuária ao Centro ou Alphaville ou outros, via ruas Dr. Matos/Conselheiro Thomáz Coelho ou Teixeira de Melo/Conselheiro Thomaz Coelho ou R. dr. Sílvio Bastos Tavares (Estrada do Contorno) ou Av. Arthur Bernardes. Se criado um "terceiro tempo" na sinalização, os carros poderiam efetuar manobra à esquerda, na Ponte General Dutra, e chegarem ao Centro, via Av. XV de Novembro;
2- Liberação da Ponte Saturnino de Brito, sentido Guarus-Centro, até às 09:00h, em mão única, que incluiria a Rua Dos Goytacazes, finalizando no entroncamento com a Rua Sete de Setembro. Tudo devidamente sinalizado e orientado pela Guarda Municipal. Esta opção, faria a ligação rápida ao Centro, via Av. Rui Barbosa e possibilitaria, ainda, fluxos pela Rua 21 de Abril e Rua Sete de Setembro, sem falar na rua dos Goytacazes, portanto, para vários locais do município.
Os problemas, são evidentes no sentido Guarus-Centro, algo que se explica por não possuir as mesmas condições do sentido contrário (Centro-Guarus) pelas seguintes vias: Ponte Saturnino de Brito, Ponte Leonel Brizola (Rosinha) e Ponte General Dutra. Todo esse fluxograma, não basta ser explicado, pois imagino que o prezado leitor esteja com um "nó" na cabeça, por isso é urgente e necessário uma campanha publicitária, com filmes curtos e objetivos nos canais locais de televisão, dinheiro existe, e cá entre nós, seria melhor aproveitado do que os gastos com o "recapeamento" da Av. 28 de Março, os arcos do Canal Campos-Macaé, a pintura da ciclovia da Av. 28 de Março ou nas contratações dos "shows".
Por último, mas não menos importante, gostaria de mencionar as ciclofaixas, que desde as delimitadas na reforma do Canal Campos-Macaé, tem me chamado a atenção pelo seu subdimensionamento e possíveis indutores de acidentes aos ciclistas, a não ser que tenham sido projetadas para mini-bicicletas. Apesar de serem importantes, as reformas do binário R. Saldanha Marinho-R. Tenente Coronel Cardoso, as ciclofaixas - ver fotos - ali dispostas são um mal exemplo de aplicação desses equipamentos urbanos, pois possuem pouca tinta, por serem estreitas (0,80M - oitenta centímetros) os seus leitos, dando a impressão de serem um aperitivo amargo, do que seria uma ciclofaixa, conforme resolução do CONTRAN/DENATRAN/Ministério das Cidades de 2007, cujo a largura mínima é de 1,50M (um metro e cinquenta centímetros), para ciclofaixas em mão única, sendo de 2,50M, para as em mão dupla.
O pior de tudo, é que as recém criadas ciclofaixas da Av. Tancredo Neves (Antiga Av. Salo Brand) - ver fotos - são verdadeiras vias da morte, com indução até mesmo à infração de trânsito pelos ciclistas, pois há trecho na contramão, por disposição em mão dupla a partir da Ponte Barcelos Martins no sentido Av. Tancredo Neves, assim, os ciclistas trafegam no sentido contrário, passando por baixo do viaduto da Ponte Leonel Brizola, até a Av. Tancredo Neves, cruzando com caminhões, carros e motocicletas, ficando a emoção final no choque com o meio fio, visto neste ponto acabar a ciclofaixa. Há também a adrenalina radical, ao cruzar a parte de acesso ao viaduto da Ponte Leonel Brizola, de forma enviezada.
Outro conflito, em termos de ciclofaixa, é encontrado na Av. Alberto Torres, onde essa se sobrepõe aos pontos de táxi, carga-descarga e estacionamento seletivo de um templo religioso. O trecho é da Rua Álvaro Tâmega à Rua Rocha Leão.
Sinceramente, torço pelo acerto do IMTT, sendo recomendável que este reavalie o que tem promovido em relação ao trânsito, principalmente em relação ao segundo mais frágil modal de transporte: o ciclista. Teremos, de fato, ciclovias a ciclofaixas ?
Cadê o Plano de Mobilidade Urbana de Campos dos Goytacazes ?
Abç.,
Renato César Arêas Siqueira
arquiteto e urbanista
perito técnico
professor bolsista UENF
Meu caro, o que você quer exigir de um Órgão que é comandado por um amador? Só debochando mesmo, vide "...Av. Tancredo Neves, assim, os ciclistas trafegam no sentido contrário, passando por baixo do viaduto da Ponte Leonel Brizola, até a Av. Tancredo Neves, cruzando com caminhões, carros e motocicletas, ficando a emoção final no choque com o meio fio, visto neste ponto acabar a ciclofaixa. Há também a adrenalina radical, ao cruzar a parte de acesso ao viaduto da Ponte Leonel Brizola, de forma enviesada." Por que os secretários do município estão loucos para mostrar serviço se a eleição não é para prefeitura? é única explicação para tanta desorientação...
ResponderExcluirAdorei a foto do ciclista-bicicleteiro andando fora da tal ciclofaixa
ResponderExcluirNão fazem pensando na mobilidade e na qualidade de vida mas apenas para aparecerem(e quem sabe,terem "prova"de para onde está indo o dinheiro?).
ResponderExcluirGoverno de merda,mentiroso,sem consistência e com grande cheiro de corrupção.