sexta-feira, fevereiro 01, 2013

A MEMÓRIA DE UMA CIDADE

(Por e-mail)

Uma coisa que sempre admirei em capitais como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, etc, é a possibilidade de você visitar locais históricos sem dispensar muitos recursos. Vi e toquei na pia batismal que batizou a princesa Isabel na Igreja N. Sra. do Carmo no Centro do Rio, ou imaginar o dia do Fico na praça XV. O rio é a Capital Cultural do Brasil.

Mas quando olhamos para Campos, esta cultura parece ser menos importante, e até dispensável. Temos prédios históricos no centro da cidade que contam a história do império, mas não temos ninguém para guardar e contar essa história para nós e para nossos filhos.

Estive esta semana no Arquivo Público Municipal a sugestão do meu amigo e Prof. de História Thiago Almeida, e pude olhar com alguma tristeza como as autoridades públicas municipais deixam esta joia da baixada campista de lado.

Fui recebido com muito carinho pelos funcionários da prefeitura que lá restaram (a maioria foi remanejada), que lá permanecem pelo amor às ciências sociais e ao local, mas que estão abandonados pela prefeitura. No dia de hoje, por exemplo, não há telefone no local.

O primeiro colégio de Campos, fundado pelos Jesuítas, teve local no hoje chamado solar do colégio, e duvido que isto seja comentado nas escolas da rede municipal da nossa cidade.

Lembro com saudade do Poeta Antônio Roberto, que sendo fidelense, ensinou seus filhos a agradecer anualmente no dias do professor à professora da alfabetização, por considerar esta a mais importante da vida, e que era o único que conheci até hoje capaz de candar o hino da cidade, sem recorrer à letra ou à música.

Será que os campistas só irão valorizar sua cultura, quando vier alguém de fora fazê-lo?

Queria pedir divulgação da minha indignação ao Prof. Fernando Leite, militante e apaixonado da cultura local (acho que também Fidelense) e ao Prof. Roberto Moraes, Que defende justamente a causa campista.


Henrique da Hora

2 comentários:

  1. O campista tem memória curta, respira não sabemos nem como, visto não ter poucas árvores por seus caminhos .Parque????NEM PENSAR...
    Pássaros?COMO? calaram até os da praça Saõ Salvador!
    Triste população, que em meio a luta para sobreviver de muitos e a ganancia nojenta de outros faz desta cidade biliardária um mar de lama para que , um lado chafurde na miséria que ajudam eles mesmos a perpetuar,e outro lado chafurda na miséria moral que , mais cedo ou mais tarde voltará como um bumerangue a atinger esta CORJA.

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  2. Olha, o comentário acima é tão pertinente e sobretudo uma triste constatação. Quando aqui cheguei (não canso de citar isso) nos anos 80 , troquei a belíssima e truculenta copacabana(bairro onde nasci e vivi até os meus 26 anos) por uma cidade até então, histórica, bucólica e com costumes e tradições preservados. Eu adorava andar pelo centro, o boulevard(rua dos homens de pé), a praça São Salvador, onde os ônibus faziam parada, seus belos casarões enfim, parece que as autoridades da época, tratavam disso com mais amor e carinho, não olvidando a capacidade para tal. Hoje, passados tantos anos, vejo uma cidade largada neste sentido, onde o interesse financeiro e político ultrapassa os limites do bom senso. As pessoas que "comandam" a cultura de Campos estão muito mais focadas na s suas próprias figuras, namorando um DAS na Prefeitura ou no Legislativo, com discursos lindos, ricos gramaticalmente falando, mas pobres em capacitação verdadeiramente dita. É lamentável, pois, passarão para história desta cidade, como os responsáveis por uma triste época, onde a questão financeira (repito) abafava e matava a cultural.São os chamados coveiros culturais. Que pena.

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