A morte eu não sei, mas o sofrimento não tem graça nenhuma. Sobretudo quando ele se impõe sobre quem, a vida inteira, fez rir o seu semelhante. Ave Chico!
Na verdade, Jesus queria nos mostrar que a morte não foi feita para nós. Um dia, todos nós iremos morrer, isso é fato, mas Jesus está falando de outra morte e quer nos propor a ressurreição. Se olharmos somente para a pedra posta no sepulcro, não haverá nenhuma esperança e nos desesperaremos, porque a pedra é imóvel. Se ficarmos olhando para a pedra, ficaremos fixados ali, no mesmo lugar, e não é isso que Jesus quer. "Lázaro, venha para fora". Quantas vezes experimentamos estar no sepulcro, que é um lugar escuro e cheira mal? Mas, se deixarmos essa pessoa ficar lá muito tempo, não a encontraremos do mesmo jeito, pois ela entrou em processo de decomposição. É um lugar de silêncio e não há mais nada, terminou. Agora, se olhamos a morte como um lugar de transição, daí sim, ele fica cheio e revestido de esperança. Quantas vezes você já morreu?
Estamos ressuscitando todos os dias. A cigarra fica um ano debaixo da terra para cantar somente um dia. Um ano se preparando para cantar até se arrebentar. O sofrimento é isso, um tempo de preparo. Louvado seja Deus pelos sofrimentos!
Todos os artistas compõem maravilhosas obras quando estão sofrendo, e, toda as vezes que tocamos em nossos limites, vamos além. Compomos músicas, pinturas, criamos vida e caráter. Você pode estar se perguntando: "Mas eu não sou artista, e aí?" Você pode desenhar a sua alma, pode esculpir o seu caráter.
A cigarra não fica debaixo da terra por motivo de masoquismo. Não. É um tempo de preparo existencial da natureza. Quando você perceber que o seu sofrimento está infértil, é o tempo de parar de sofrer. Quando começamos a derramar as lágrimas, passamos por um processo de cura que está nos lavando e purificando.
Quanto tempo pode durar um velório dentro de nós? O sepultamento do corpo tem que iniciar um processo de amizade com a vida. O sofrimento é criado dentro de nós; o velório não é uma situação de morte. O que fazemos com o ruim que aconteceu conosco? Não importa o que a vida fez com você, mas o que você faz com o que a vida fez com você. Não temos como evitar o desprezo do outro, vão acontecer coisas das quais não vamos gostar, mas somos nós que vamos ver quanto custa esse sofrimento.
Boa parte dos sofrimentos do ser humano está naquilo que nós pensamos e permitimos em nosso pensamento. Se racionalizarmos a nossa emoção, nós não sofreremos.
FUI FÃ DO CHICO DURANTE TODA A MINHA VIDA, E ENTRE TODO O SEU LEGADO, O QUE MAIS ME MARCOU FOI A SEHINTE FRASE: "EU NÃO TENHO MEDO DE MORRER; TENHO PENA!
Ainda adolescente, no meu colégio onde fazia o ginasial, nos anos 70 em Copacabana, fiz um trabalho sobre um artista (tema livre) e escolhi falar sobre o Chico Anísio. Fui muito feliz e elogiadíssimo por meu mestre, tendo o mesmo sido comentado num matutino carioca. Eu sempre o achei um gênio e ousei compará-lo ao Chaplin, e isso foi motivo de debates em sala de aula. É claro que houveram discordâncias, sobretudo pois, na época os artistas estrangeiros serem idolatrados por nós brasileiros. O meu argumento foi que a única coisa que o Chico não possuía era um reconhecimento internacional por única e exclusivamente ter ele criado personagens genuinamente brasileiros. Esses personagens se assemelham a muitos brasileiros espalhados por todo território nacional, daí, um argentino, polonês ou francês não ver muita graça no "coalhada", no "Bozó", no "Velho Zuza". Qual a graça que um alemão ou francês veria no "Paínho? nenhuma. Enfim para mim, o maior de todos humoristas do mundo.
Na verdade, Jesus queria nos mostrar que a morte não foi feita para nós. Um dia, todos nós iremos morrer, isso é fato, mas Jesus está falando de outra morte e quer nos propor a ressurreição. Se olharmos somente para a pedra posta no sepulcro, não haverá nenhuma esperança e nos desesperaremos, porque a pedra é imóvel. Se ficarmos olhando para a pedra, ficaremos fixados ali, no mesmo lugar, e não é isso que Jesus quer. "Lázaro, venha para fora". Quantas vezes experimentamos estar no sepulcro, que é um lugar escuro e cheira mal? Mas, se deixarmos essa pessoa ficar lá muito tempo, não a encontraremos do mesmo jeito, pois ela entrou em processo de decomposição. É um lugar de silêncio e não há mais nada, terminou. Agora, se olhamos a morte como um lugar de transição, daí sim, ele fica cheio e revestido de esperança. Quantas vezes você já morreu?
ResponderExcluirEstamos ressuscitando todos os dias. A cigarra fica um ano debaixo da terra para cantar somente um dia. Um ano se preparando para cantar até se arrebentar. O sofrimento é isso, um tempo de preparo. Louvado seja Deus pelos sofrimentos!
Todos os artistas compõem maravilhosas obras quando estão sofrendo, e, toda as vezes que tocamos em nossos limites, vamos além. Compomos músicas, pinturas, criamos vida e caráter. Você pode estar se perguntando: "Mas eu não sou artista, e aí?" Você pode desenhar a sua alma, pode esculpir o seu caráter.
A cigarra não fica debaixo da terra por motivo de masoquismo. Não. É um tempo de preparo existencial da natureza. Quando você perceber que o seu sofrimento está infértil, é o tempo de parar de sofrer. Quando começamos a derramar as lágrimas, passamos por um processo de cura que está nos lavando e purificando.
Quanto tempo pode durar um velório dentro de nós? O sepultamento do corpo tem que iniciar um processo de amizade com a vida. O sofrimento é criado dentro de nós; o velório não é uma situação de morte. O que fazemos com o ruim que aconteceu conosco? Não importa o que a vida fez com você, mas o que você faz com o que a vida fez com você. Não temos como evitar o desprezo do outro, vão acontecer coisas das quais não vamos gostar, mas somos nós que vamos ver quanto custa esse sofrimento.
Boa parte dos sofrimentos do ser humano está naquilo que nós pensamos e permitimos em nosso pensamento. Se racionalizarmos a nossa emoção, nós não sofreremos.
FUI FÃ DO CHICO DURANTE TODA A MINHA VIDA, E ENTRE TODO O SEU LEGADO, O QUE MAIS ME MARCOU FOI A SEHINTE FRASE: "EU NÃO TENHO MEDO DE MORRER; TENHO PENA!
ResponderExcluirGRANDE CHICO! VERDADEIRO FILÓSOFO!
Paulo Sales.
Ainda adolescente, no meu colégio onde fazia o ginasial, nos anos 70 em Copacabana, fiz um trabalho sobre um artista (tema livre) e escolhi falar sobre o Chico Anísio. Fui muito feliz e elogiadíssimo por meu mestre, tendo o mesmo sido comentado num matutino carioca. Eu sempre o achei um gênio e ousei compará-lo ao Chaplin, e isso foi motivo de debates em sala de aula. É claro que houveram discordâncias, sobretudo pois, na época os artistas estrangeiros serem idolatrados por nós brasileiros. O meu argumento foi que a única coisa que o Chico não possuía era um reconhecimento internacional por única e exclusivamente ter ele criado personagens genuinamente brasileiros. Esses personagens se assemelham a muitos brasileiros espalhados por todo território nacional, daí, um argentino, polonês ou francês não ver muita graça no "coalhada", no "Bozó", no "Velho Zuza". Qual a graça que um alemão ou francês veria no "Paínho? nenhuma. Enfim para mim, o maior de todos humoristas do mundo.
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