Viviane Araujo, rainha da bateria do Salgueiro |
Os ritmistas "fantasiados" de soldados do BOPE |
Os teóricos dirão que é a “desconstrução” da imagem atroz do BOPE – Batalhão de Operações Especiais – da Policia Militar do Rio de Janeiro. Os críticos do governo acusarão a plebe de capitular, há ainda os que identificarão na cena uma intervenção cultural da elite dominante.
Dirão: é o centro estuprando a periferia.
É bem verdade que há alguns anos, esta fantasia seria impensável numa cidade conflagrada como o Rio, a cidade partida, onde o pensamento dominante, como de resto no País, é que Polícia serve para proteger os ricos dos pobres. Seria assim um crime de lesa-favela. Homens e mulheres da comunidade do Salgueiro, em sua enorme maioria, moradores dos morros da região do Andaraí, vestidos de policiais do BOPE, seu mais próximo algoz.
Embora seja Carnaval, a imagem não pode ser lida, apenas, como um folguedo. Afinal ela apareceu no Sambódromo e por isso não deve, impunemente, assumir a aura da irreverência, da descompromissada subversão da ordem. Aquele é o cenário da maior festa popular do Planeta. Lá é o Carnaval S.A., moeda internacional. Lá nada é gratuito, nem fortuito.
Bom, a decifração desse signo é coisa para gente da área. Não é para mim. Daqui, de onde vi, fiquei pensando que talvez a arte popular esteja profetizando, ou quem sabe, anunciando um tempo novo. Será? Que seja!
Creio está chegando o tempos de ¨velho¨remixado.
ResponderExcluirVolta dos engajados...das ideologias...dos carros ¨quadrados¨...dos relógios estilo¨champion¨...
O ¨revival¨está chegando, e com ele , quem sabe,a polícia respeitada e cumprindo a função de guardiã das leis.
PS-O rei Roberto Carlos e a simplicidade venceram na Sapucai.