Ponderou tudo o que foi possível. Tentou uma solução menos traumática, uma vez que a saída do médico oftalmologista, Otávio Cabral, romperia uma aliança política costurada pelo próprio Garotinho.
É bem verdade, que, à despeito da competência profissional de Otávio, sua entrada no Governo, na função de diretor geral do HGG foi digerida muito lentamente pelo comando da Saúde, que preferia outro nome.
Dessa forma, sua gestão, desde sempre, independente de sua vontade, dividiu mais do que agregou e, nesse sentido, Otávio dirigiu o hospital, solitariamente.
O HGG era e é um território partido. Diagnóstico do próprio líder do governo, Magal, que, da tribuna da Câmara, acusou setores sombrios do hospital de conspirarem contra o governo. Magal não deu nomes. Também ninguém quis saber. Era uma equação para ser resolvida pelo novo diretor. Não foi.
O prefeito Nahim tem os seus nomes para o HGG e de resto para a Saúde, mas não vai convocá-los ainda, já que os escolhidos reclamam que não teriam estabilidade para impor as mudanças indispensáveis. Nahim até já os convidou, mas sabe que precisará quebrar velhos e surrados tabus partidários para tê-los ao seu lado. É a versão goitacá da indefectível Nomenklatura.
Nahim está insatisfeito com os resultados da política pública da Saúde. Quer a solução ideal para corrigir a rota do setor, mas terá que se contentar com o remédio possível.
Nesse momento, o prefeito sofre de um problema físico que o impede de falar. Provavelmente, uma amigdalite. Talvez seja um sinal para ouvir mais. Ouvir muito. Ouvir todos e só depois, decidir. Saúde, prefeito!
Já vai tarde, mas por favor Fernando, vc é muito ingênuo...não acredite que o prefeito está fazendo isso por que é diferente ou melhor que os outros...tudo vai ficar igual por que ele tb é igual ao irmão, à cunhada...esqueceu que é tudo farinha do mesmo saco? Acorda Fernando!
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