quinta-feira, junho 10, 2010

AS MÁSCARAS ESTÃO DE VOLTA

De novo, as nossas autoridades pigméias optam pelo discurso canastrão, pelo teatro de quinta categoria para aproveitar a crise aberta pela votação do Senado que firma nova partilha dos royalties do petróleo, e tirar algum proveito eleitoreiro. É aquele chororô conhecido, madorrento, chato e falso.
Já ouvi as falas decoradas desmarcando compromissos, adiando sine die anúncio de novas obras; prometendo a austeridade já prometida em campanha e ameaçando a permanência dos programas assistencialistas. Estão postos os sinais para que “a sociedade civil oficial organizada” se ponha em pneus e ateie fogo na BR.
A mira é a mídia. Eu posso ser tolo, mas não estou, irremediavelmente, tomado pela idiotia. O impacto da notícia serve a alguns propósitos imediatistas também, sobretudo, forçar uma trégua nas demandas sociais que são, cada vez mais, intensas e politizadas.
A emenda do senador Simon é horrorosa, mas todavia, impõe à União o compromisso de repor as perdas financeiras dos estados e municípios produtores. É verdade que extingue as cotas de participações especiais, aquele plus que havia em complemento aos repasses regulares, mas na pior das hipóteses, leva os anéis e deixa as mãos.
Contestá-la é uma obrigação, mas que seja com eficiência e no fórum próprio: ou na sanção do executivo, ou num recurso ao Supremo Tribunal Federal, guardião da Constituição afrontada pela emenda. Chega de falácia e cena para a galeria.
O próximo passo da canastrice é conhecido: soltar os carniceiros de sempre, com punhais nos dentes, atrás de culpados. O povo merece melhor sorte.

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