O ato, por si só, é maiúsculo, dantesco e pressupõe, por sua crueza e dimensão, que, atrás do gatilho da pistola utilizada, existe um monstro psicopata.
A mídia, por sua natureza superficial, já entregou todos os elementos para julgamento e condenação do menino armado que tombou, impiedosamente, seus iguais.
O senso crítico, no entanto, grita para chamar atenção de um viés fundamental para tentar entender a tragédia, mas que, até agora, no máximo, foi tangenciado. O autor dos disparos era alvo de bullying e de piadas maldosas. "Fedorento", assim era tratado.
É óbvio que isso não justifica a barbárie. Nada a justifica. Mas todos nós que já passamos pelos bancos escolares, na adolescência e juventude, sabemos o quanto é cruel a perseguição do bullying. Crudelíssima, implacável, corrosiva.
Não é exagero afirmar que no atentado da Escola de Goyases, dos dois lados do cano pelo qual saíram as balas, havia vítimas.
(FLF)
Menor, autor dos tiros, apreendido |
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