sexta-feira, agosto 11, 2017

CENSO RELIGIOSO DA GUARDA MUNICIPAL DO RIO FOI PARAR NA JUSTIÇA

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Uma cópia do censo religioso promovido pela Guarda Municipal do Rio entre seus agentes está circulando nas redes sociais com "respostas atravessadas" para as perguntas da pesquisa.
Para o primeiro item, que pergunta se o guarda professa alguma religião, a resposta impressa é "não é da sua conta, o estado é laico". Já quando a pesquisa dá as opções “católica”, “evangélica” e “espírita” como religião, a opção que está na cópia é a religião "do bem".
A reprodução ainda ironiza uma das questões da pesquisa: "religião não se frequenta... se tem! Aprenda a formular perguntas!".
Nesta sexta-feira, o deputado Átila Nunes (PMDB) disse que vai ingressar com uma nova representação no Ministério Público pedindo o afastamento da comandante da Guarda, a inspetora Tatiana Mendes. Segundo ele, a motivação para o pedido vem da denúncia de agentes que afirmam que "Tatiana (que é assumidamente evangélica) promove proselitismo religioso dentro da corporação".

Entenda o caso

A Guarda Municipal publicou, em seu boletim interno, no último dia 2, uma medida polêmica, convocando o efetivo a informar, por formulário, sua religião. Além de responder sobre a fé que professa, o servidor ainda deve fornecer seu nome e matrícula. Cerca de 7.500 agentes estão sendo chamados a responder o questionário.
A corporação alegou que tomou a iniciativa porque planeja construir uma capelania, um espaço ecumênico para prestar assistência religiosa, espiritual e social a guardas municipais. No questionário, os agentes são apresentados às seguintes opções religiosas: “católica”, “evangélica” e “espírita”. Há um espaço em que ele deve informar a unidade na qual está lotado.
De acordo com a Guarda Municipal, o censo tem como objetivo “aferir o perfil religioso” da instituição.

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