Marco Antônio de Luca foi preso em apartamento de luxo em Ipanema, na
Zona Sul do Rio. Eles foi beneficiado nos governos Cabral e Pezão
01/06/2017 07:04:08 - ATUALIZADA ÀS 01/06/2017 07:59:42
O DIA
Rio - A Polícia Federal prendeu, na
manhã desta quinta-feira, o empresário do ramo de alimentos Marco Antônio de
Luca, em seu apartamento de luxo na Avenida Vieira Souto, na orla de Ipanema,
Zona Sul do Rio. A ação da PF é uma nova fase da Lava Jato que tem o objetivo
de desarticular um esquema criminoso de desvio de recursos destinados ao
fornecimento de merenda escolar e alimentação de detentos no estado do Rio,
tendo como contrapartida o pagamento de propina a autoridades públicas. Luca
teria faturado bilhões durante os governos Cabral e Pezão.
A operação é realizada em conjunto com
o Ministério Público Federal e a Receita Federal. Quarenta policiais federais
cumpriram o mandado de prisão preventiva e buscam cumprir outros nove mandados
de busca e apreensão, expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio, na Barra
da Tijuca, Centro, Ipanema e Leblon, além de municípios de Mangaratiba, Costa
Verde do estado, e em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
LAVA JATO NO RIO
As investigações, iniciadas há seis
meses, indicam o pagamento de pelo menos R$ 12,5 milhões em vantagens indevidas
a autoridades públicas por um empresário do ramo de alimentação que mantinha
contratos com o Governo do Estado do Rio.
Marco Antônio será indiciado por
corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Após os
procedimentos de praxe, ele será encaminhado ao sistema prisional do estado.
Operação
Ratatouille
A operação que prendeu o empresário
Marco Antônio de Luca foi batizada de Ratatouille, referência a um prato típico
francês e também ao jantar realizado em Paris que teve a presença do então
governador Sérgio Cabral, sua esposa Adriana Ancelmo, secretários de governo e
empresários que tinham negócios com o estado, em 2009.
O episódio ficou conhecido como a
"farra dos guardanapos", em referência às imagens em que os
participantes aparecem dançando e com guardanapos na cabeça. Muitos dos
presentes no jantar acabaram investigados e presos em casos de corrupção.
O último preso que esteve na noite em
Paris foi o ex-secretário de Saúde Sérgio Côrtes, suspeito de fraude em
licitação e corrupção no governo de Sérgio Cabral, em abril deste ano, durante
a operação Fatura Exposta, outro desdobramento da Lava Jato.
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