(Foto Agência O Estado) |
O ator Nelson Xavier morreu, aos 75 anos, na noite
desta terça-feira, 9, em Uberlândia, Minas Gerais. Tereza Villela Xavier, filha
do ator, usou sua página no Facebook para falar da perda do pai.
"Lamento informar a quem possa interessar que
meu pai, Nelson Xavier, faleceu esta noite em Uberlândia. Seu corpo será
transferido, celebrado e cremado no Rio de Janeiro em cemitério ainda não
determinado. Agradeço desde já as mensagens de apoio. Ele virou um planeta!
Estrela ele já era. Fez tudo o que quis, do jeito que quis e da sua melhor
maneira possível, sempre", escreveu ela.
Em 2014, durante o Festival de Gramado, Nelson
Xavier contou que fez tratamento contra o câncer de próstata em 2004 e que
estava livre da doença. Foi lá também que recebeu o prêmio de melhor ator com o
longa "A despedida", um de seus últimos trabalhos.
Nelson Xavier já vinha sendo tratado em uma clínica
de geriatria na cidade, prestadora de serviço do Hospital Santa Genoveva. Segundo informações do hospital ao G1, ele deu entrada ontem às
10h57 e, em seguida, transferido para um quarto particular. Inicialmente
o óbito ocorreu decorrente de um agravamento de uma doença pulmonar que ele
estava tratando e o óbito constatado por volta das 00h45.
Na ocasião do falecimento ele estava acompanhado.
"O ator faleceu próximo a amigos e familiares. Estava com o semblante
sereno", disse o o médico geriatra Tiago Ferolla. O corpo já foi
encaminhado para uma funerária do município e deve ser levado no início da
tarde para o Rio de Janeiro.
Nascido em São Paulo em 30 de agosto de 1941,
Nelson Agostini Xavier cursou direito, mas sua paixão pela arte foi mais forte.
Iniciou sua carreira no teatro, com peças como "Eles Não Usam
Black-tie" (1958), de Gianfrancesco Guarnieri, "Chapetuba Futebol
Clube" (1959), de Oduvaldo Vianna Filho, "Gente como a Gente"
(1959), de Roberto Freire, e "Julgamento em Novo Sol" (1962), de
Augusto Boal.
Entre seus tantos trabalhos no cinema, estão
"O ABC do Amor" (1967), "Os Deuses e os Mortos (1970), "É
Simonal" (1970), "Dona Flor e seus Dois Maridos" (1976), e
"A Queda" (1978), de Ruy Guerra, que lhe rendeu um Urso de Prata no
Festival de Berlim.
Em 2010, Nelson interpretou Chico Xavier no
cinemas. Na época, o ator afirmou que havia vivido ali seu melhor papel. "Finalmente fiz o meu maior papel. Fui invadido por uma onda
de amor tão forte, tão intensa, que levava às lágrimas”, contou
Nelson Xavier, que no longa viveu o líder espírita dos 59 aos 65 anos. “Nenhum
dos personagens que fiz mudou minha vida. O Chico fez uma revolução”.
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