terça-feira, abril 04, 2017

OPERAÇÃO CHEQUINHO: JUIZ ADIA AUDIÊNCIA DE GAROTINHO

Jornal Terceira Via


Chequinho: nova audiência é marcada para o dia 3 de maio

Em decisão paralela, o juiz Eron Simas condenou os vereadores suplentes Carlos Canaã e Geraldinho de Santa Cruz

CAMPOS 
POR REDAÇÃO
 
4 DE ABRIL DE 2017 - 7h58
Fórum Maria Tereza Gusmão (Foto: Silvana Rust)
Fórum Maria Tereza Gusmão (Foto: Silvana Rust)
Após ouvir a radialista Beth Megafone e outras três pessoas nesta segunda-feira (3), durante a audiência de instrução e julgamento da ação penal em que o ex-governador Anthony Garotinho é réu por suspeita de compra de votos, o juiz Ralph Manhães marcou uma nova sessão para o próximo dia 3 de maio, quando serão ouvidas outras 32 testemunhas de acusação.
O ex-governador foi liberado da audiência e não precisou comparecer ao fórum.  Ele continua cumprindo medida cautelar imposta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o impede de vir a Campos sem autorização da Justiça.
Agora, a expectativa dos suspeitos de envolvimento no esquema que trocava votos por inscrições irregulares no Cheque Cidadão, programa social da Prefeitura de Campos, se volta para os vereadores reeleitos e cassados Miguelito (PSL) e Ozeias (PSDB), a ex-secretária de Municipal de Desenvolvimento Humano e Social, Ana Alice Ribeiro, e a ex-coordenadora do Programa Cheque Cidadão, Gisele Koch, que podem voltar a ser detidos.
As prisões foram pedidas pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) e serão avaliadas pelo juízo da 100ª Zona Eleitoral (ZE), que pediu informação TSE nesta segunda-feira.
Os quatro já haviam sido detidos durante a Operação Chequinho. A primeira prisão aconteceu em 29 de agosto do ano passado, quando Ozeias foi flagrado no distrito de Travessão de Campos com R$ 27 mil, dados de supostos eleitores, informações sobre o Cheque Cidadão e lista de material de construção. No dia 23 de setembro foi deflagrada a Operação Vale Voto, que levou à prisão Ana Alice Ribeiro e Gisele Koch. Elas foram soltas e voltaram a ser presas no dia 26 de outubro. Antes disso, no dia 19 do mesmo mês, Ozeias voltou a ser preso junto com Miguelito já na Operação Chequinho, desdobramento da Vale Voto.
Condenações — Paralelamente à audiência de Garotinho, o juiz Eron Simas condenou mais dois investigados por envolvimento no esquema que teria beneficiado candidatos da coligação “Frente Popular Progressista de Campos” à Câmara e à Prefeitura, os vereadores suplentes Carlos Canaã (PTC) e Geraldinho de Santa Cruz (PSDB). Eles tiveram os registros cassados, votos anulados e inelegibilidade por oito anos decretada.
Embora não tenham recebido votos o suficiente para se elegerem, Canaã e Santa Cruz foram empossados no dia 1º de janeiro, após a Justiça Eleitoral decidir pela não diplomação de outros seis investigados por participação na compra de votos: Jorge Rangel (PTB), Kellinho (PR), Linda Mara (PTC), Miguelito (PSL), Ozéias (PSDB) e Thiago Virgílio (PTC).

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