(Foto: Wilton Junior\Estadão) |
O ministro Luiz
Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF),
encaminhou à Justiça do Rio de Janeiro as citações ao ex-governador do estado
Anthony Garotinho feitas por delatores da Odebrecht. Caberá à primeira
instância da Justiça decidir se abre inquérito para investigar os fatos.
>> Entenda
mais abaixo o que foi dito nos depoimentos e saiba a versão
de Gartoinho sobre o assunto
Fachin analisou 83 pedidos de abertura de inquérito enviados
ao STF pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, conhecidos como a
"lista do Janot".
Ao analisar
esses pedidos, o relator da Lava Jato autorizou a abertura de 76 inquéritos para
investigar oito ministros do governo Michel Temer; 24 senadores; 39 deputados;
e 3 governadores.
LISTA COMPLETA: Saiba quem será investigado, os motivos e o que eles dizem
O caso
Garotinho
Ao prestar
depoimentos nos acordos de delação premiada, os ex-executivos da empreiteira
Odebrecht Benedicto Barbosa da Silva Júnior e Leandro de Andrade Azevedo
afirmaram que Anthony Garotinho recebeu dinheiro de caixa dois da empresa para
a campanha dele ao governo do estado em 2014.
Segundo Leandro
Azevedo, Garotinho e a mulher dele, Rosinha, receberam R$ 9,5 milhões em três
eleiçõe.
O delator
disse, ainda, que mantinha relação próxima ao ex-governador do Rio e que, por
isso, tratava das negociações sem burocracia. "Presenciei, algumas vezes,
Garotinho telefonando para os secretários da Fazenda do Município durante a
gestão de Rosinha em Campos (...) e pedindo que tivéssemos preferência na
regularização dos pagamentos em atraso", diz trecho da delação.
Ainda de acordo
com esses delatores, a mulher de Garotinho, Rosinha Garotinho, também recebeu
recursos de caixa dois para as campanhas à Prefeitura de Campos dos Goytacazes
(RJ) em 2008 e 2012.
Versão de
Garotinho
À época em que
o conteúdo da delação foi conhecido, o ex-governador do Rio de Janeiro se
manifestou sobre o assunto no blog que mantém na internet.
Garotinho
afirmou na ocasião que sempre manteve com os diretores da Odebrecht relação
amistosa e que gostaria que o delator Leandro Azevedo informasse o país, o
banco e número da conta em que teria depositado dinheiro no nome dele ou de
Rosinha.
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