Depois das denúncias de várias irregularidades no Concurso Público do Instituto Federal Fluminense (IFF), realizado no domingo (19), como a repetição de 20 questões, 10 da disciplina de Português e 10 da disciplina de Legislação da prova para professores pela manhã na prova para técnicos administrativos à tarde, além de falhas na aplicação das provas para deficientes visuais, novas denúncias surgem, o que contribui para a necessidade da anulação do certame.
- A pessoa se prepara há meses, deixa outras oportunidades e faz despesas por acreditar na idoneidade da empresa vencedora da licitação. Aí se estressa com a prova, fica cansado e depois comemora um bom resultado. Aí fica sabendo que a prova não valeu? Só a Justiça para corrigir esses danos morais. Vou cobrá-los", disse Yelmo Papa, jornalista de 54 anos que viajou 200 km para fazer as provas. Yelmo destaca ainda a questão de mal treinamento das pessoas que aplicaram a prova. "Em minha sala tinha gente para pelo menos duas carreiras e começaram a distribuir as provas iguais. Só quando candidatos alertaram os fiscais é que eles se deram conta que deveriam perguntar o que cada um tava fazendo e qual seria a prova adequada. Outra coisa foi que mandaram chegar com pelo menos uma hora de antecedência, chovia no dia, mas só abriram os portões às 13h25", contou o jornalista.
Outro jornalista, Wesley Machado, de 35 anos, citou outros problemas na aplicação da prova, a qual considerou mal elaborada. "Formaram duas filas na entrada da sala, uma das filas só para conferir a identidade, sendo que a outra não tinha sentido. E pelo que sei não se deve formar nem mesmo uma fila neste caso. E desde a divulgação do conteúdo programático senti falta da Bibliografia por exemplo. A organizadora não teve a preocupação de oferecer referências bibliográficas para o candidato estudar e se preparar para o concurso com um direcionamento. Acessei o site da empresa organizadora e pelo que conferi eles não têm 'no hall' na realização de concursos públicos, à medida que pelo que consta no site oficial da empresa, realizaram apenas um certame em 2014, onde também pôde ser observada a prática da repetição de questões de determinadas disciplinas para cargos diferentes. Na minha opinião, esta empresa deveria ser desclassificada e deveria ser chamada a 2ª colocada ou ser feita uma nova licitação. Quero deixar bem claro que foi louvável a atitude e conduta do reitor Jefferson Azevedo, que imediatamente após as denúncias de irregularidades veio a público se pronunciar quanto à apuração, o que garantiu a lisura do processo - afirmou Wesley.
Ninguém tem coragem ou tempo para entrar com uma ação civil pública. Estão mostrando as irregularidades pelo facebook apenas!
ResponderExcluirTenho coragem e tempo, mas acho que uma ação conjunta tem mais peso. Topas formar um grupo? Conheço dois advogados que fizeram as provas e poderiam pegar a causa.
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