quarta-feira, março 22, 2017

Candidatos que fizeram prova do concurso do IFF denunciam novas irregularidades

(Wesley Barbosa Machado)


Depois das denúncias de várias irregularidades no Concurso Público do Instituto Federal Fluminense (IFF), realizado no domingo (19), como a repetição de 20 questões, 10 da disciplina de Português e 10 da disciplina de Legislação da prova para professores pela manhã na prova para técnicos administrativos à tarde, além de falhas na aplicação das provas para deficientes visuais, novas denúncias surgem, o que contribui para a necessidade da anulação do certame.

- A pessoa se prepara há meses, deixa outras oportunidades e faz despesas por acreditar na idoneidade da empresa vencedora da licitação. Aí se estressa com a prova, fica cansado e depois comemora um bom resultado. Aí fica sabendo que a prova não valeu? Só a Justiça para corrigir esses danos morais. Vou cobrá-los", disse Yelmo Papa, jornalista de 54 anos que viajou 200 km para fazer as provas. Yelmo destaca ainda a questão de mal treinamento das pessoas que aplicaram a prova. "Em minha sala tinha gente para pelo menos duas carreiras e começaram a distribuir as provas iguais. Só quando candidatos alertaram os fiscais é que eles se deram conta que deveriam perguntar o que cada um tava fazendo e qual seria a prova adequada. Outra coisa foi que mandaram chegar com pelo menos uma hora de antecedência, chovia no dia, mas só abriram os portões às 13h25", contou o jornalista.

Outro jornalista, Wesley Machado, de 35 anos, citou outros problemas na aplicação da prova, a qual considerou mal elaborada. "Formaram duas filas na entrada da sala, uma das filas só para conferir a identidade, sendo que a outra não tinha sentido. E pelo que sei não se deve formar nem mesmo uma fila neste caso. E desde a divulgação do conteúdo programático senti falta da Bibliografia por exemplo. A organizadora não teve a preocupação de oferecer referências bibliográficas para o candidato estudar e se preparar para o concurso com um direcionamento. Acessei o site da empresa organizadora e pelo que conferi eles não têm 'no hall' na realização de concursos públicos, à medida que pelo que consta no site oficial da empresa, realizaram apenas um certame em 2014, onde também pôde ser observada a prática da repetição de questões de determinadas disciplinas para cargos diferentes. Na minha opinião, esta empresa deveria ser desclassificada e deveria ser chamada a 2ª colocada ou ser feita uma nova licitação. Quero deixar bem claro que foi louvável a atitude e conduta do reitor Jefferson Azevedo, que imediatamente após as denúncias de irregularidades veio a público se pronunciar quanto à apuração, o que garantiu a lisura do processo - afirmou Wesley.

2 comentários:

  1. Ninguém tem coragem ou tempo para entrar com uma ação civil pública. Estão mostrando as irregularidades pelo facebook apenas!

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  2. Tenho coragem e tempo, mas acho que uma ação conjunta tem mais peso. Topas formar um grupo? Conheço dois advogados que fizeram as provas e poderiam pegar a causa.

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