Os servidores da Companhia Estadual de
Águas e Esgotos (Cedae), entraram em greve a partir da meia-noite de
segunda-feira (20) contra o projeto de venda da empresa. A informação foi dada
pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas empresas de Saneamento
Básico e Meio Ambiente do Rio de Janeiro e Região (Sintsama-RJ), Humberto
Lemos, afirmou que a população e afirmar que a população não será afetada com
um desabastecimento às vésperas do Carnaval.
“Fazemos questão de manter 30%
trabalhando, segundo a lei, como é um serviço essencial. Isso é para não faltar
água à população, que não pode ser penalizada”, explicou o presidente do
Sintsama-RJ.
De acordo com Lemos, trabalhadores
da empresa em todo o Estado irão até a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro
(Alerj) protestar contra o projeto de venda da empresa, cuja votação está
programada para começar nesta segunda-feira (20).
“Caso seja necessário, vamos acampar
e permanecer em vigília lá”, destacou o presidente do sindicato.
Procurada pelo G1, a Cedae também garantiu que não faltará água
no RJ por causa da paralisação.
"Não haverá paralisação nos
serviços prestados pela companhia. O presidente da Cedae, Jorge Briard,
acompanha todas as atividades da empresa, inclusive a produção e distribuição
de água, e garante que os serviços funcionarão normalmente", afirmou a
nota da Cedae.
Votação da venda
Está previsto para começar a ser votado às 11h desta segunda-feira (20), na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), o projeto de lei que autoriza a venda da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae). As ações da companhia vão viabilizar um empréstimo de R$ 3,5 bilhões da União. A venda é tratada pelo Governo do RJ como prioritária para conseguir resolver a crise financeira que afeta o estado.
Está previsto para começar a ser votado às 11h desta segunda-feira (20), na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), o projeto de lei que autoriza a venda da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae). As ações da companhia vão viabilizar um empréstimo de R$ 3,5 bilhões da União. A venda é tratada pelo Governo do RJ como prioritária para conseguir resolver a crise financeira que afeta o estado.
Na sexta-feira (17), o presidente da
Casa, Jorge Picciani, disse que espera que a votação se estenda por toda a
semana. Para garantir a discussão, o projeto segue na pauta na terça (21), na
quarta (22) e na quinta (23).
Para ser aprovda, a matéria precisa de votos favoráveis da maioria simples dos
70 deputados, ou seja, metade mais um voto dos parlamentares presentes na
sessão. O governo diz ter maioria para a aprovar a lei. Segundo fontes do
Palácio Guanabara informaram ao G1, até sexta-feira o governo tinha entre 41 a
43 dos votos.
Às 10h desta segunda, as 211 emendas
apresentadas ao texto serão discutidas em reunião dos líderes partidários. Após
a reunião, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) tem que dar um parecer
sobre as emendas acordadas, antes de o texto base ser votado.
A venda é uma das condições do Plano
de Recuperação Fiscal, segundo acordo firmado em janeiro com a União, que prevê
a suspensão do pagamento da dívida do estado com o Governo Federal. Segundo o
executivo estadual, as medidas do plano trarão um alívio de R$ 62 bilhões em
três anos.
Protestos
As discussões de projetos de lei que o governo tenta aprovar para tentar se recuperar financeiramente têm causado protestos de servidores em frente à Assembleia Legislativa desde o fim do ano. Alguns deles terminaram em confronto entre manifestantes e policiais escalados para fazer a segurança do prédio, reforçada com grades.
A pedido do governador Luiz Fernando Pezão, o
estado recebeu o reforço de 9 mil homens das Forças Armadas. Entre os motivos
alegados está a votação na Alerj. A segurança é feita pela Forna Nacional e
pela Polícia Militar e o estado solicitou o reforço miliatar para atuação em
outras áreas da cidade devido ao deslocamento de tropas para a assembleia.
As discussões de projetos de lei que o governo tenta aprovar para tentar se recuperar financeiramente têm causado protestos de servidores em frente à Assembleia Legislativa desde o fim do ano. Alguns deles terminaram em confronto entre manifestantes e policiais escalados para fazer a segurança do prédio, reforçada com grades.
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