quinta-feira, fevereiro 02, 2017

ENTREVISTA DO PREFEITO RAFAEL DINIZ FAZ BALANÇO DO PRIMEIRO MÊS DE GESTÃO

Em entrevista concedida ao jornal Folha da Manhã, o prefeito Rafael Diniz enumera os valores das dívidas que herdou da gestão passada e afirma que "não se faz a ruptura de um modelo administrativo  de 30 anos, em, apenas um mês.

Leia a matéria:


Rodrigo Silveira
Rafael Diniz no Folha no Ar / Rodrigo Silveira
O prefeito de Campos, Rafael Diniz (PPS), participou, nessa quarta-feira (1), do programa Folha no Ar, da Plena TV, do grupo Folha. A entrevista marcou um balanço de seu primeiro mês de governo. Rafael afirmou que a situação encontrada na Prefeitura foi “muito pior do que se imaginava”. Este quadro foi agravado por uma falta de transição “transparente, real e verdadeira”, como disse. Ele destacou o governo já tem avançado bastante, porém, ressaltou que não se muda em 30 dias a maneira de fazer política em Campos nos últimos 30 anos. Um dos destaques deste primeiro mês foi a realização de todas as cirurgias ortopédicas que estavam em atraso no Hospital Ferreira Machado (HFM).
Rafael disse que todos os contratos passaram por uma auditoria e cada um está sendo analisado individualmente. Os que forem realmente necessários permanecerão, mas com valores adequados e com fiscalização maior para a realização dos serviços.
— Estamos revisando contrato por contrato. Cada secretário analisa a real necessidade. Os desnecessários serão cortados – afirmou.
Também passou por auditoria interna a folha de pagamento: “Sentimos necessidade de uma autoria externa desta folha para desinchá-la. Hoje, a folha de pagamento compromete 54% da Lei de Responsabilidade Fiscal”, disse.
De acordo com o prefeito, o valor encontrado nas contas da Prefeitura de Campos foi de R$ 24 milhões. Destes, quase R$ 4 milhões são de repatriação (não foi a antiga gestão que deixou). Dos R$ 20 milhões restantes, R$ 14,8 milhões são de verba vinculada, ou seja, já tem destinação certa: “Do próprio Tesouro foram cerca de R$ 6 milhões”, explicou.
Já em dívidas a curto prazo (com fornecedor e prestadores de serviço), foram R$ 326 milhões. Fora isso, relata o prefeito, foi R$ 1,3 bilhão com a venda do futuro, uma dívida com o Tribunal de Justiça no valor de R$ 61 milhões. E ainda uma dívida a longo prazo da ordem de R$ 700 milhões.
Segundo ele, a meta, agora, é buscar receita. Para isso, já encontrou com a prefeita de Quissamã, Fátima Pacheco, para viabilizar o Complexo de Barra do Furado.
De acordo com o prefeito, sua prioridade é com o servidor, mantendo os salários em dia.
Sobre as auditorias, afirmou que todos os resultados serão encaminhados às autoridades competentes: “De maneira transparente, sem estardalhaço. Nossa maneira de governar é assim. Pode causar estranheza a muitos, porque uma ruptura de um modelo existente há 30 anos na cidade não se faz em um mês, dois ou seis meses”.

Um comentário:

  1. "...uma ruptura de um modelo existente há 30 anos na cidade não se faz em um mês, dois ou seis meses”. Espero que não precise levar outros 30 anos.

    ResponderExcluir

Deixe sua opinião