terça-feira, janeiro 31, 2017

CHEQUINHO: JULGAMENTO CHEGA AO ANDAR DE CIMA

(Jornal Terceira Via)


Chequinho: audiência de Garotinho marcada para o dia 20

Ex-governador é suspeito de participação em esquema que trocava votos por inscrições no programa social Cheque Cidadão

CAMPOS 
POR MARCOS CURVELLO
 
31 DE JANEIRO DE 2017 - 11h43
Anthony Garotinho Foto: Silvana Rust
Anthony Garotinho. (Foto: Silvana Rust)
O juiz Ralph Manhães marcou para o próximo dia 20 a audiência de instrução e julgamento de Anthony Garotinho (PR) no caso Chequinho. O ex-governador do Estado do Rio de Janeiro é um dos 39 réus nas Ações de Investigação Judicial Eleitoral (AIJEs) distribuídas em setembro passado pela Promotoria de Justiça e pela 76ª Zona Eleitoral (ZE). Como os demais, ele é suspeito de participação em um esquema de compra de votos por meio de inscrição irregular de eleitores no programa social Cheque Cidadão, criado por sua esposa, a ex-prefeita Rosinha Garotinho (PR), que também é investigada. A acusação é de abuso de poder econômico e político. A Polícia Federal (PF) investiga o caso. Garotinho cumpre prisão domiciliar no Rio de Janeiro está proibido de visitar Campos sem autorização judicial.
Os julgamentos dos suspeitos de participação no esquema começaram em 8 de novembro do ano passado e se estenderam até o dia 28 seguinte, no Fórum Maria Tereza Gusmão. Até o momento, 11 vereadores eleitos e reeleitos já foram condenados em primeira instância: Cecília Ribeiro Gomes (PT do B), Jorge Magal (PSD), Jorge Rangel (PTB), Kellinho (PR), Linda Mara Silva (PTC), Miguelito (PSL), Ozeias (PSDB), Roberto Pinto (PTC), Thiago Ferrugem (PR), Thiago Virgílio (PTC) e Vinicius Madureira (PRP). Em todos os casos, o juiz Eron Simas, da 76ª ZE, decidiu pela cassação dos registros, anulação dos votos recebidos e inelegibilidade por oito anos. Cabe recurso.
Durante as audiências, agentes do Grupo de Apoio à Promotoria (GAP) falaram sobre as diligências para investigar as denúncias contra os vereadores. De acordo com eles, foram encontradas e apreendidas na Secretaria de Desenvolvimento Humano e Social, listas marcadas com uma sigla que, segundo apuração do Ministério Público Eleitoral (MPE), faria referência ao nome das legendas envolvidas. Estas listas, que não tinham timbre da Prefeitura, continham nomes e números de documentos pessoais, como identidade e título de eleitor, de beneficiários irregulares do programa social.
Os envolvidos fazem parte da coligação “Frente Popular Progressista de Campos”, do candidato governista à sucessão da ex-prefeita Rosinha Garotinho, Dr. Chicão (PR), que, assim como seu vice, Mauro Silva (PSDB), também são réus nas AIJES. A eles se somam os ex-secretários de Infraestrutura e Mobilidade Urbana, Edilson Peixoto (PR), e dos Direitos dos Idosos, Gilson Gomes (PRTB), o ex-comandante da Guarda Municipal, Wellington Levino (SD), bem como o ex-vereador governista Albertinho (PMDB).
Além deles, a Justiça julgará, ainda, os candidatos a vereador derrotados no último pleito Aldo de Tocos (PRP), Ailton Tavares (SD), Binho de Conselheiro (PRTB), Carlos Alberto do Canaã (PTC), Duda a Renovação (PRP), Enfermeira Kátia Venina (PR), Geraldinho de Santa Cruz (PSDB), Heloisa Rocha (PR), Kelynho Povão (PHS), Léo de Morro do Coco (PRP), Leonardo do Turf (PSL), Paulinho Camelô (PRP), Paulo Henrique Ph (PTC), Pepeu de Baixa Grande (PSD), Roberta Moura (PR), Rodolfo Pescador (SD), Serginho Bigode (PTC), Tia Penha (PHS) e Vera Bensi (PR).

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