A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra
Cármen Lúcia, autorizou na noite desta segunda-feira (23) que os juízes
auxiliares do gabinete de Teori Zavascki, morto na semana passada, prossigam os
trabalhos nas delações premiadas de executivos e ex-executivos da Odebrecht na
Operação Lava Jato.
Com a morte, os juízes, que tinham
delegação do ministro para atuarem no caso, tiveram os trabalhos paralisados.
Para esta semana, uma série de depoimentos de delatores já estava marcada. Com
a decisão de Cármen Lúcia, a agenda será retomada e ficam mantidos depoimentos
que estavam previstos.
A ministra tomou a decisão em razão
de ela ser a plantonista do Supremo durante o recesso do Judiciário e diante da
urgência do tema, uma vez que há delator preso.
A presidente do Supremo ainda terá
que decidir sobre o que fazer em relação à relatoria da Operação Lava Jato. ou
seja, quem será o ministro que vai analisar pedidos de prisão, de abertura de
inquérito ou de buscas envolvendo políticos, por exemplo.
Pelo regimento, há diversas possibilidades
sobre o relator, como sorteio entre os ministros que atuam hoje no Supremo.
A decisão de autorizar o
prosseguimento da Lava Jato dá mais tempo para que Cármen Lúcia converse com
outros envolvidos sobre quem comandará a operação no tribunal.
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