OPINIÃO
Posso falar?
A Política, como ciência social, é indispensável. É o único meio pacífico de evolução da sociedade. É o exercício da imprescindível democracia.
Mas, minha senhora, o tempo presente é árido. Os agentes políticos e não, a classe política, porque esta não existe, na medida que política não é profissão, guardadas as raríssimas exceções, contadas nos dedos das mãos, são extrato de pó de bosta de cavalo de bandido.
Tanto faz em Brasília, no topo do planalto central, nos litorais desse oceano Atlântico, passando pela planície soberana, "de prados e vergéis".
O biotipo do político convencional, aquele que fala o que as pessoas querem ouvir, o malandro desonesto, o pusilânime, o calhorda, o ator canastrão está morto e esquartejado, pregado em postes do caminho que leva à imensa vila virtual.
A moeda da modernidade é a informação e as redes sociais escancararam as porteiras que guardavam os segredos oficiais nos fossos dos castelos. Deu ruim, oligarcas de tênis e óculos ray ban, vossas excelências foram flagradas com a bunda suja de fora, pela câmera de um onipresente telefone celular. E não escaparam do olho que tudo vê, os togados olímpícos, encastelados nas cortes mais altas da envelhecida província.
Renans Calheiros da vida não pensem que venceram. Só alimentaram com seu deboche a fúria cívica que tomará ruas e praças "por causa de vocês".
Nada, rigorosamente, nada, será com dantes.
(FLF)
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