OPINIÃO - LÍDER DE ARAQUE

LÍDER DE ARAQUE

É por isso que perderam as eleições, fragorosamente.

Tratam a população como se lidassem com pessoas incapazes de raciocinar, de juntar os fatos e tirarem suas próprias conclusões.

Subestimam, ao extremo, a inteligência da sociedade. Fraudam as eleições, desavergonhadamente. Metem a mão no programa cheque-cidadão e o reduzem a uma moeda de troca eleitoral, aos olhos de todos, e quando são penalizados pelo crime de uso ilícito do programa social, invertem a lógica da justiça, e dizem que são perseguidos porque estão "matando a fome do povo".

É o caso clássico do malandro que bate a sua carteira e grita: pega ladrão! Cínicos!

Diante da ação profilática da Polícia Federal, apelam para ridículas teorias da conspiração. O líder espiritual dos povos encena o seu velho e surrado roteiro de vítima "de forças ocultas". Toda decisão que lhe é desfavorável, é a mão dos poderosos inimigos que querem "ferir de morte" o protetor solitário do "povo oprimido nas filas,  nas vilas, favelas..."

Esta personagem caricata sofre a síndrome de Benjamin Button, aquele que quanto mais envelhece, menor fica. Agora, arvora-se defensor dos seus amigos "vitimados pela Justiça" e grita que não "vai se calar". Se fosse o corajoso que diz que é, se fosse o líder que se autoproclama, gritaria mesmo quem é o mandante que a Polícia procura, com prisões de agenciadores, de encarregadas de Postos Médicos, de gente simples, indefesa, além das  buscas e apreensões e conduções coercitivas.

Quem autorizou milhares de cheques para alavancar eleições proporcionais e majoritária, conforme denúncia coletiva dos promotores do Ministério Público? Os acusados agiram por conta própria, ou foram autorizados e estimulados para tanto?

A equação é simples de resolver: se foram mesmo os candidatos que cadastraram beneficiários com fins eleitorais, por conta própria, devem responder, judicialmente, pelo crime, mas  se houve um mandante, que agora na hora do ajuste de contas com a Justiça, afrouxou, que sua identidade apareça, afinal suas digitais estão nos cheques fraudados.

Nessa hora é que se distingue o líder de fato e o de araque.

O povo nas últimas três eleições - a de  governador, no primeiro turno; a de governador no segundo turno e agora para prefeito deixou bem claro que não se deixará levar por sofismas, por mentiras mal contadas.

Todos já perceberam a farsa, de tão repetida, "o tempo passou na janela e só Carolina não viu".

(FLF)