quarta-feira, novembro 23, 2016

OPERAÇÃO CALICUTE VAZOU E O CAMPISTA LUIZ ROGÉRIO MAGALHÃES É ACUSADO PELA PF


Luiz Rogério, numa solenidade em Itaperuna, de camisa azul e calça cãqui.


O campista Luiz Rogério Magalhães, dissidente do grupo político do Garotinho, depois de ter sido secretário executivo na gestão do então governador e secretário na gestão de sua esposa, Rosinha Garotinho, foi destaque, no telejornal RJTV, ao antecipar para Wagner Jordão Garcia, um dos operadores financeiros de Cabral, segundo a PF, detalhes da operação Calicute, que prendeu o ex-governador Sergio Cabral, entre outros.

Luiz Rogério aparece numa ligação telefônica grampeada com autorização da Justiça.

Leia matéria no G1:

RJTV teve acesso em primeira mão a conversas dos investigados na operação Calicute, que prendeu o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral no último dia 17 . Para os investigadores, as gravações, feitas com autorização da Justiça, mostram que o grupo já sabia que o Ministério Público Federal montava uma operação para prender Cabral e outros envolvidos no esquema de cobrança de propinas em contratos de obras públicas.
Em uma conversa gravada no último dia 14, três dias antes de o juiz federal Marcelo Bretas decretar as prisões de Sérgio Cabral e de outras dez pessoas, Luís Rogério Gonçalves Magalhães e Wagner Jordão Garcia usam códigos para se referir aos juízes Bretas (o "homem" e o "rapaz do Rio") e Sérgio Moro (o "chefe" e "o cara lá do Sul") - responsável pelos processos da operação Lava-Jato e que também expediu mandado de prisão contra Sérgio Cabral.
Luís Rogério é ex-secretário dos governos de Anthony Garotinho e de sua mulher, Rosinha Matheus, enquanto Wagner, ex-tesoureiro do diretório estadual do PMDB preso na Calicute, é apontado como operador financeiro de Cabral.

Wagner: Amigão, o bicho está pegando, hein!
Luis: Olha aqui, a chapa derreteu!
Wagner: Rapaz!
Luís: A chapa derreteu, o homem foi lá e abriu...
Wagner: Saiu alguma coisa hoje na imprensa não, né?!
Luís: Não, mas eu estou sabendo já ai, o homem foi lá e quebrou o cofrinho!
Wagner: É mesmo é?!
Luís: Quebrou o cofrinho, meteu o martelo no porquinho e quebrou!
Wagner: Caraca!
Luís: Voou moeda para tudo quanto é lado, hein.
Wagner: Meu Deus do céu!
Luís: É rapaz...
Wagner: Tu está falando aquele rapaz do Rio, né?!
Luís: Esse rapaz do Rio, rapaz! Ele e o chefe deles, né!
Wagner: É, o chefe deles, o chefe deles já ia... já estava com tudo esquematizado.
Luís: O chefe deles já entregou a rapadura com pasta de caju.
Wagner: Meu Deus do céu...
Luís: E chamaram ele só para embalar.
Em seguida, Jordão e Luís Rogério dizem que "a fatura do Leblon já foi feita", o que segundo os investigadores seria a prisão do ex-governador Cabral, o "Leblon" do diálogo.
Wagner: Meus Deus do céu, cara! É, vamos ver como é que vai ser isso aí, porque dizem que a qualquer momento tá para estourar, né?!
Luís: Não, o Leblon já foi para o vinagre!
Wagner: É, mas até então tá em casa, né?!
Luís: Não, estou dizendo, já estourou assim, falta...
Wagner: É, falta só...
Luís: Chegar a conta só, mandar entregar na casa dele a conta.
Wagner: E dizem que esse rapaz do Rio é muito ruim. Se o cara lá do Sul é ruim esse aqui é pior ainda.
Luís: Dizem que a fatura lá do Leblon já foi feita, já faturaram.
Wagner: Entendi.
Luís: Só falta emitir a nota e mandar entregar em casa.
Wagner: Entendi, entendi! Meu Deus do céu! Junta com o cara lá do Leblon também, aquele lá do finalzinho do Leblon, do helicóptero.

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