segunda-feira, novembro 07, 2016

ESTA CAPITANIA NÃO TEM DONATARIO



Toda vez que opino, aqui no facebook e no blog, recebo manifestações de apoio e concordância e de ofensas e ameaças. Não quero a unanimidade, porque o velho Nelson já a identificou como "burra", muito menos quero agradar ou desagradar, exercito, quando falo, a livre manifestação do meu pensamento. Quero que o que digo provoque outras discussões e sucessivos confrontos de idéias até chegar à luz.

É o choque das placas tectônicas, que fazem emergir as grandes montanhas, os maciços mais altos.

Ainda tenho a preambular que, desta vez, não vou coisificar a minha modestíssima opinião.

Vivemos, em Campos, um tempo de incivilidades e indelicadezas.

Mas, posso falar?

O Município de São Salvador dos Campos dos Goytacazes vive uma das piores páginas de sua gloriosa história. Aqui, os colonizadores portugueses e seus mercenários contratados inauguraram a guerra bacteriológica. Roupas de pacientes infectados com doenças contagiosas eram "presenteadas" aos índios, que, sem imunidade para estes males vindos dos becos infectos das cidades européias de então, tombavam inocentes mortos. Os colonizadores acharam que tomariam, em definitivo, a terra ainda virgem. E SABIAM DO ESPÍRITO DE RESISTÊNCIA DOS GOITACÁS, DO SEU DESASSOMBRO EM CORTAR A NADO RIOS E MARES.

Saltando na história, chegamos ao ano da graça de 2016, e "a boca torta, a mesma artéria aorta e o mesmo sangue ruim" dos donatários resistem. Parece, senhoras e senhores, que a nossa vila formosa de São Salvador dos Campos tem dono, senhor e bedel. Que, aqui, só serve a Democracia conveniente, o estado "aristocrático" de direito e valem todos os resultados eleitorais, desde que atendam ao que impõem a Corte de plantão.

"Ora, direis, ouvir estrelas, certo, perdeste o senso." Não, perdi a paciência cívica. Estou farto da arrogância, da ameaça de vingança, da maldita herança dos que se julgam "donatários" desta Capitania livre, como o vento que vem do Cabo de São Tomé e varre a planície soberana. Os Poderes precisam crescer para ficarem à altura desta terra.

Passamos a viver um tempo de fratura da institucionalidade, de agressões verbais, em que as eleições não acabam nunca, os palanques permanecem armados, os atores em cena, exibindo uma farsa burlesca que, felizmente, não engana mais a platéia.

A sociedade não pode esperar "deles" a solução para o nó social que aperta a sua garganta. Ou dá um urro e repõe as coisas no lugar, ou cai desfalecida por asfixia.

Estamos num merdeiro, só!

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