sexta-feira, novembro 11, 2016

CHEQUE CIDADÃO: COMEÇA ÀS 14H DESTA SEXTA, 11, AUDIÊNCIA DO VEREADOR MAGAL, NO FORUM

Jornal Terceira Via:

Cheque Cidadão: recomeça julgamento de suspeitos de compra de voto

Depois das ausências Roberto Pinto e Ozéias, é a vez de Jorge Rangel e Jorge Magal


Recomeçou nesta sexta-feira (11) o julgamento dos vereadores eleitos e reeleitos suspeitos de uso do Cheque Cidadão para compra de votos. Desde as 10h, testemunhas prestam depoimento no Salão do Tribunal do Júri do Fórum Maria Tereza Gusmão de Andrade sobre o envolvimento de Jorge Rangel (PTB) no esquema. O réu, porém — a exemplo de Roberto Pinto (PTC) e Ozéias (PSDB), na última terça-feira — não estava presente e foi representado por seu advogado. Mais tarde, às 14h, será a vez de Jorge Magal (PSD).

De acordo com o coronel da Polícia Militar Luiz Fernando Leal, que é parte do Grupo de Apoio à Promotoria (GAP), foram apreendidas, na Secretaria de Desenvolvimento Humano e Social, listas marcadas com uma sigla que, segundo apuração do Ministério Público Eleitoral (MPE), faria referência ao nome de legenda de Rangel. Estas listas, que não tinham timbre da Prefeitura, continham nomes e números de documentos pessoais, como identidade e título de eleitor, de candidatos a beneficiários do programa social.

Ainda conforme o coronel, a coordenadora do Cheque Cidadão Gisele Koch Soares apareceu horas após o incio da diligência, mas não teria apresentado documentos que justificassem o grande número de beneficiários incluídos no programa social sem o crivo das assistentes sociais.

Dois funcionários de um posto de saúde do município foram apontados como cabos eleitorais de Jorge Rangel e responsáveis pela coleta dos documentos dos eleitores e distribuição do cartão que dá acesso ao benefício. Maria identificados como Célia e Arilzo, eles ocupam cargos de confiança na Prefeitura.

Ainda nesta sexta-feira, às 14h acontece, Magal se apresentarem diante da Justiça. Ele é ex-líder do governo Rosinha na Câmara de Vereadores de Campos e se lançou candidato à presidência da mesa diretora da Casa de Leis para a próxima legislatura.

Outras sete audiências estão marcadas. Todos os réus fazem parte da coligação “Frente Popular Progressista de Campos”, do candidato governista à sucessão de Rosinha Garotinho, Dr. Chicão, e foram denunciados pela Promotoria de Justiça e pela 76ª Zona Eleitoral por uso indevido do Cheque Cidadão, programa social da Prefeitura, para compra de votos.

A vereadora eleita e ex-secretária particular da prefeita Rosinha Garotinho Linda Mara e o vereador reeleito Miguelito (PSL) serão julgados no dia 18, às 9h30 e às 14h, respectivamente. Linda Mara teve prisão temporária decretada no último dia 26, durante a Operação Chequinho 2, da PF. Após cinco dias foragida, foi presa no Rio de Janeiro, graças a uma denúncia anônima. Deixou o Presídio Feminino Nilza da Silva Santos no último dia 4. Já Miguelito, assim como Ozéias, foi preso temporariamente durante a Operação Chequinho, teve sua prisão prorrogada e convertida em preventiva, ficando detido até concessão da liminar no TSE.

Dia 21 acontecem os julgamentos dos vereadores reeleitos Thiago Virgílio (PTC), às 9h30, e Cecília Ribeiro Gomes (PT do B), às 14h. Virgílio é um dos nomes na corrida pela presidência da Câmara na próxima legislatura. Em 27 de outubro, ele foi afastado de suas funções na Casa de Leis e impedido de entrar nela ou na Prefeitura. Dois dias depois, foi preso temporariamente pela PF. Acabou liberado no Feriado de Finados.

Um dia depois vão a julgamento os vereadores eleitos e ex-secretários Vinicius Madureira (PRP), às 9h30, e Thiago Ferrugem (PR), às 14h. Madureira foi subsecretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo e coordenador do Espaço do Empreendedor, enquanto Ferrugem já comandou a pasta de Desenvolvimento Humano e Social e a Fundação da Infância e Juventude.

Os julgamentos já marcados se encerram no dia 25, às 13h, com o vereador reeleito Kellinho (PR), que foi preso temporariamente no dia 27, após se apresentar voluntariamente na delegacia da PF em Campos. Ele deixou o presídio após obter liminar no TSE.

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