quinta-feira, outubro 20, 2016

UMA PALAVRA SOBRE A TRANSIÇÃO DOS GOVERNOS, EM CAMPOS

Não dou conselhos. Não tenho estofo para tanto. Quanto mais em política, onde mais perdi do que ganhei eleições. Embora me conforte o pensamento do sociólogo Darcy Ribeiro, "não queria estar no lugar dos que me venceram". Sem cocntar que, em política, às vezes, ganhar é perder e vice-versa.

Imagine a tensão que vivem estes vereadores eleitos, sobre os quais pesa o fardo da suspeição da compra de votos com dinheiro público. Cada sirene é um sobressalto.

Mas, li que o prefeito eleito Rafael Diniz oficiou a prefeita de Campos para iniciar a transição dos governos.

Cumpre-me dizer que o governo que sai ainda não desapegou. Teima em manter-se, uma vez que, ao que parece, deixou obras e ações inacabadas. Constatação, sem juizo de valor. Nenhuma novidade numa terra em que as eleições, via de regra, não acabam.

É oportuno lembrar que o governo que se finda mantem velha tradição de autopsiar as administrações que sucederam e expor suas vísceras no Boulevard.

Neste cenário é imprescindível demarcar responsabilidades e instaurar o processo de travessia, sob a luz quente do sol de Primavera. Fazer a transição republicana, na praça pública, aos olhos de quem é senhor soberano de todos os governos, sua excelência, El Pueblo!

A demarcação das responsabilidades é basilar, pedra angular, sem o que, passados 3 meses, no imaginário popular o que era herança maldita ou não, passa a ser acervo próprio, patrimônio.

Como disse não dou conselhos. Aqui do meu exílio voluntário acompanho o movimento dos ventos da política e já deu para perceber que o jovem prefeito eleito sabe onde tem que ir, até porque para quem não sabe, todo vento é contra.

(FLF)

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