quinta-feira, setembro 22, 2016

EX-MINISTRO GUIDO MANTEGA PRESO PELA OPERAÇÃO LAVA JATO

O Dia:


No Rio, a Polícia Federal e a Receita Federal cumprem, desde a madrugada desta quinta, mandados de busca e apreensão na sede da OSX, empresa petroleira ligada ao empresário Eike Batista

Ex-ministro Guido Mantega  (Agência Brasil)


22/09/2016 08:01:51 - ATUALIZADA ÀS 22/09/2016 09:13:53

O DIA

São Paulo - Policiais federais que comandam a 34ª fase da Lava Jato prenderam o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, na manhã desta quinta-feira. Ele teve a prisão temporária e foi detido no hospital Albert Eistein, no Morumbi, em São Paulo. De acordo com a polícia, ele estava acompanhando a mulher que foi submetida à cirurgia.

A operação conta com 180 policiais federais e 30 auditores fiscais e acontece em cinco estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Bahia e Distrito Federal.

Segundo as investigações, no ano de 2012, o ex-Ministro da Fazenda teria atuado diretamente junto ao comando de uma das empresas para negociar o repasse de recursos para pagamentos de dívidas de campanha de partido político.

Os valores teriam como destino pessoas já investigadas na operação e que atuavam no marketing e propaganda de campanhas políticas do mesmo partido.

Desde a madrugada desta quinta-feira, agentes da PF estão na rua para cumprir 49 ordens judiciais, sendo 33 mandados de busca e apreensão, oito de prisão temporária e oito de condução coercitiva.

São apuradas as práticas, dentre outros crimes, de corrupção, fraude em licitações, associação criminosa e lavagem de dinheiro

Empresas X entram na mira

O nome “ARQUVO X” dado à 34ª fase da investigação policial é "uma referência a um dos grupos empresarias investigados e que tem como marca a colocação e repetição do “X” nos nomes das pessoas jurídicas integrantes do seu conglomerado empresarial", segundo da polícia.

No Rio, a Polícia Federal e a Receita Federal cumprem, desde a madrugada desta quinta, mandados de busca e apreensão na sede da OSX, empresa petroleira ligada ao empresário Eike Batista, que fica no Centro da cidade. Estão previstos 13 mandados de busca e apreensão, um mandado de prisão temporária e cinco mandados de condução coercitiva.

Em Niterói estão previstos três mandados de busca e apreensão, dois mandados de prisão temporária e um mandado de condução coercitiva.

Nesta fase da operação policial são investigados fatos relacionados à contratação pela Petrobras de empresas para a construção de duas plataformas (P-67 e P70) para a exploração de petróleo na camada do pré-sal, as chamadas FSPO´s (Floating Storage Offloanding).

Utilizando-se de expedientes já revelados pela Lava Jato, fraude do processo licitatório, corrupção de agentes públicos e repasses de recursos a agentes e partidos políticos responsáveis pelas indicações de cargos importantes da estatal, empresas se associaram na forma de consórcio para obter os contratos de construção das duas plataformas.

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