sexta-feira, setembro 30, 2016

CHEQUE-CIDADÃO: MELHOR PARA O GOVERNO DO QUE PARA OS POBRES

O programa Cheque-Cidadão está, absolutamente, mal formulado. Com a formatação que tem, é um programa em que o governo paga para o cidadão ser pobre.

Todo final de mês, o governo deposita 200 reais na conta do beneficiário e diz a ele "fica aí, se eu precisar de você, eu chamo". É uma espécie de reserva eleitoral, um exército de Brancaleone, que é usado para socorrer o governo nas suas aflições. O cheque-cidadão beneficia mais o Poder, que quer perpetuar-se, do que as famílias na linha da miséria.

Se fosse bem intencionado, seria um programa de metas, de etapas progressivas. Junto com o dinheiro, o governo deveria levar às comunidades assistidas, cursos de alfabetização de adultos, cursos profissionalizantes, núcleo gerador de cooperativas para, efetivamente, libertar o cidadão do estágio de vulnerabilidade social.

Mas o governo não quer isso. Deus me livre de alfabetizar essa gente, profissionaliza-los? nem pensar, daqui a pouco ficarão cada vez mais exigentes, então, o melhor é pagar para que continuem onde estão. Como diria Lampeduza, "mudar só se for para continuar como está".

Faltou coragem aos candidatos, neste  processo eleitoral, para discutir, com profundidade, este benefício, que mais aprisiona o povo do que liberta.


(FLF)

Um comentário:

  1. Se a pessoa que escreveu isso prestar atenção as propostas de Rafael Diniz vai ver que ele fala sobre isso de fazer do cheque cidadão apenas uma questão transitória. Até outro candidato fala o pudim.

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