Escolheu aprender Judô para se defender e "viajar", conhecer outros lugares. Fez sua inscrição numa Ong chamada Reação, do atleta Flavio Canto, medalhista de bronze numa Olimpíada passada e se destacou logo aos 8 anos. Tinha muita força. Muita vontade de vencer e quando perdia, chorava até cansar.
Rafaela cresceu, mas nunca deixou a Cidade de Deus, onde mora com sua família.
Em 2012, foi desclassificada nas Olimpíadas de Londres por ter derrubado sua oponente segurando suas pernas com as mãos. O mundo caiu sobre sua cabeça. Racistas se aproveitaaram para insulta-la e ofendê-la pelas redes sociais. Ela quase sucumbiu. Levou um ippon moral.
Mas, levantou-se, desfez-se da raiva que a incomodava e seguiu adiante, como deve ser.
Neste 8 de agosto de 2016, nas Olimpíadas do Rio, mostrou superação e, determinada, venceu todas as lutas do dia. No final da tarde estava no lugar mais alto do pódium, onde recebeu a medalha de ouro. Virou heroína olímpica.
Seus detratores, bem, esses pobres diabos estão afogados em sua mediocridade.
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