segunda-feira, junho 20, 2016

TEMER RECEBE GOVERNADORES NESTA TARDE, EM BRASÍLIA

Os governadores de todos os Estados do País estão no Palácio do Planalto, onde se reunirão, com o presidente, Michel Temer. A pauta do encontro é o reescalonamento das dívidas dos Estados. Uma fórmula de consenso já foi discutida com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.

Leia no G1:


20/06/2016 14h06 - Atualizado em 20/06/2016 15h53

Governo volta atrás e aceita desconto na dívida dos estados por 2 anos

Informação foi dada pelo governador de Goiás, Marconi Perillo.
Governadores discutem com governo federal renegociação de suas dívidas.

Alexandro MartelloDo G1, em Brasília
O governador de Goiás, Marconi Perillo, afirmou nesta segunda-feira (20) que o governo federal voltou atrás e aceitou dar desconto, por dois anos, no valor das parcelas da dívida paga pelos estados à União.
Nova proposta para dívida dos estados
Período
Julho e agosto de 2016
Desconto
100%
Setembro e outubro de 2016
90%
Novembro e dezembro de 2016
80%

Janeiro e fevereiro de 2017
70%
Março e abril de 2017
60%
Maio e junho de 2017
50%
Julho a dezembro de 2017
40%
Janeiro e fevereiro de 2018
30%
Março e abril de 2018
20%
Maio e junho de 2018
10%
A partir de julho de 2018
0% (volta a parcela cheia)

Outra mudança é na redução gradual do percentual desse desconto. Pela nova proposta, informou Perillo, ele começa em 100% e vai vigorar entre julho e agosto de 2016. Nesse período, portanto, os estados deixar de pagar totalmente as parcelas das dívidas.
Depois disso, e a cada dois meses, o percentual de desconto vai caindo dez pontos até chegar, em julho de 2017, a 40% sobre a parcela da dívida que cada estado deve à União. Nessa altura, portanto, os estados pagariam 60% da parcela.
Esse percentual de desconto seria mantido, então, até o final de 2017. A partir de janeiro 2018, ele voltaria a cair 10 pontos a cada bimestre até que, em julho daquele ano, os estados voltariam a pagar 100% das parcelas de suas dívidas.
Pela proposta da semana passada, o desconto, que também começaria em 100% das parcelas, caria 10% ao mês e os estados voltariam a pargar o valor cheio já em 2017.
"Não estamos tratando de abatimento. É carência do prazo", disse Perillo, ao explicar que não haveria perdão dos valores abatidos.
Prolongamento
De acordo com Perillo, a proposta de alongamento das dívidas por 20 anos, o que, por si só, já proporcionária uma queda no valor mensal pago pelos estados à União, pois o valor total da dívida ficaria diluído em mais 240 meses, está dentro da proposta do governo federal.
"Isso está dentro da proposta de consenso e entrariam também vários dos contratos com o BNDES", declarou.
Ele disse ainda que a intenção dos governadores é fechar o acordo ainda nesta segunda, e acrescentou que haveria contrapartidas por parte dos estados.
"As contrapartidas estão sendo debatidas. Em Goiás, somos favoráveis às contrapartidas porque elas são importantes. Até porque o governos estaduais tem de dar uma demonstração inequívoca de responsabilidade fiscal", afirmou Perillo.
Reunião com Michel Temer
Os governadores se reúnem na tarde desta segunda-feira como governador em exercício, Michel Temer. Na pauta do encontro, além da renegociação da dívida dos estados com a União, também está o recente decreto de calamidade do governo do Rio de Janeiro, motivado por crise financeira.
No sábado (18), o secretário executivo do Programa de Parcerias de Investimentos da Presidência da República, Moreira Franco, declarou, por meio de nota, que Temer vai "cumprir sua parte" para ajudar o RJ. Ele também cobrou que o governador do estado, Francisco Dornelles, “cumpra a sua".
Franco não entrou em detalhes sobre quais seriam as partes do acordo. Segundo informações do RJTV, a União faria repasse de cerca de R$ 3 bilhões ao RJ nesta semana. Segundo fontes do telejornal, R$ 500 milhões seriam destinados para concluir a Linha 4 do Metrô a tempo da Olimpíada, que começa em 5 de agosto.
De acordo com a colunista do G1 e da GloboNews, Cristiana Lôbo, o governo federal só deve definir o repasse de recursos extra para o Rio de Janeiro após a reunião desta segunda com os governadores.
A avaliação feita em Brasília por assessores do Palácio do Planalto, informa a colunista, foi de que Dornelles se antecipou às negociações ao baixar o decreto de calamidade pública, que tinha por objetivo abrir caminho para o repasse de recursos federais ao Estado.
O Planalto teme que a atitude de Dornelles incentive governadores de outros estados em dificuldades financeiras a apressionar o governo federal por liberação de recursos.

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