G1
Saiba quais são os alvos da Operação Custo Brasil
Ex-ministro Paulo Bernardo foi preso em desdobramento da Lava Jato.
PF cumpriu mandado de busca na casa dele e da mulher, Gleisi Hoffmann.
O ex-ministro do Planejamento do governo Lula e das Comunicações no primeiro governo Dilma, Paulo Bernardo, foi preso nesta quinta-feira (23) em um desdobramento da 18ª fase da Operação Lava Jato, em Brasília. Ele é marido da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR). Carlos Gabas, ex-ministro da Previdência do governo Dilma, também foi alvo.
A PF informou que o objetivo da operação, batizada de Custo Brasil, é apurar o pagamento de propina referente a contratos de prestação de serviços de informática no valor de R$ 100 milhões, entre os anos de 2010 e 2015, a pessoas ligadas a funcionários e agentes públicos ligados ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG).
Além das prisões relacionadas ao PT, policiais federais foram à sede do partido no centro de São Paulo. Os presos e o material apreendido serão encaminhados à sede da Polícia Federal, na capital paulista.
Veja abaixo quais são os alvos da operação:
Alvos
- Paulo Bernardo (preso)
Ex-deputado federal pelo Paraná, Paulo Bernardo comandou o Ministério do Planejamento na gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em 2011, quando Dilma sucedeu Lula no Palácio do Planalto, Paulo Bernardo permaneceu no governo, mas trocou de pasta, transferindo-se para o Ministério das Comunicações. Ele deixou a Esplanada dos Ministérios somente ao final do primeiro mandato de Dilma.
Ex-deputado federal pelo Paraná, Paulo Bernardo comandou o Ministério do Planejamento na gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em 2011, quando Dilma sucedeu Lula no Palácio do Planalto, Paulo Bernardo permaneceu no governo, mas trocou de pasta, transferindo-se para o Ministério das Comunicações. Ele deixou a Esplanada dos Ministérios somente ao final do primeiro mandato de Dilma.
A defesa de Paulo Bernardo afirmou que não teve acesso à decisão da sua prisão ainda, mas que a prisão é ilegal e não preenche os requisitos autorizadores. "Assim que conhecermos os fundamentos do decreto prisional tomaremos as medidas cabíveis", seus advogados informaram, em nota.
A defesa ainda informou que "o Ministério do Planejamento se limitou a fazer um acordo de cooperação técnica com associações de entidades bancárias, notadamente a ABBC e SINAPP, não havendo qualquer tipo de contrato público, tampouco dispêndios por parte do órgão público federal".
"Ainda assim, dentro do Ministério do Planejamento, a responsabilidade pelo acordo de cooperação técnica era da Secretaria de Recursos Humanos e, por não envolver gastos, a questão sequer passou pelo aval do ministro. Não bastasse isso, o inquérito instaurado para apurar a questão há quase um ano não contou com qualquer diligência, mesmo tendo o Ministro se colocado à disposição por diversas vezes tanto em juízo como no Ministério Público e Polícia Federal", informou a defesa do ex-ministro.
- Carlos Gabas
Ex-ministro da Previdência Social e da Secretaria de Aviação Civil do governo Dilma.
Ex-ministro da Previdência Social e da Secretaria de Aviação Civil do governo Dilma.
Gabas foi anunciado como ministro da Previdência em 2014. Servidor de carreira do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Gabas foi o primeiro servidor do órgão a se tornar ministro da Previdência Social. Na reforma ministerial de 2015, porém, quando a pasta virou secretaria, Gabas passou a ter o cargo de secretário.
Já em abril deste ano, após a saída de Mauro Lopes, do PMDB, da Aviação Civil após o rompimento do partido com o governo de Dilma, Gabas foi nomeado pela petista como o novo ministro da pasta.
- João Vaccari Neto (mandado de prisão preventiva)
Ex-tesoureiro do PT. Condenado na Lava Jato, está preso desde 2015. Vaccari já foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em dois processos da operação.
Ex-tesoureiro do PT. Condenado na Lava Jato, está preso desde 2015. Vaccari já foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em dois processos da operação.
No primeiro deles, referente a uma ação penal originada na 10ª fase da Lava Jato, ele foi condenado a 15 anos e 4 meses de reclusão. No segundo, o mesmo em que o ex-ministro José Dirceu foi condenado, Vaccari Neto recebeu a setença de 9 anos de prisão.
- Leonardo Attuch (condução coercitiva)
Jornalista que administra o blog 'Brasil 247'. Ele já havia aparecido nas investigação da Lava Jato como suspeito de ter recebido dinheiro por serviços não executados.
- Paulo Ferreira (preso)
Ex-tesoureiro do PT. É é marido da ex-ministra do Desenvolvimento Social no governo Dilma, Tereza Campelo.
Ex-tesoureiro do PT. É é marido da ex-ministra do Desenvolvimento Social no governo Dilma, Tereza Campelo.
- Daisson Silva Portanova (preso)
Advogado no Rio Grande do Sul.
Advogado no Rio Grande do Sul.
- Nelson Luiz Oliveira Freitas (preso)
Ex-servidor do Ministério do Planejamento.
Ex-servidor do Ministério do Planejamento.
- Valter Correia da Silva (preso)
Secretário de Gestão da Prefeitura de São Paulo na gestão de Fernando Haddad (PT).
Secretário de Gestão da Prefeitura de São Paulo na gestão de Fernando Haddad (PT).
- Guilherme de Salles Gonçalves (mandado de prisão preventiva)
Advogado que participou da campanha da senadora Gleisi Hoffmann para o governo do Paraná, em 2010, e à prefeitura de Curitiba, em 2008.
Advogado que participou da campanha da senadora Gleisi Hoffmann para o governo do Paraná, em 2010, e à prefeitura de Curitiba, em 2008.
Mandados de busca
- Apartamento de Paulo Bernado e Gleisi Hoffmann em Curitiba
- Sede do Partido dos Trabalhadores em SP
- Apartamento de Paulo Bernado e Gleisi Hoffmann em Curitiba
- Sede do Partido dos Trabalhadores em SP
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe sua opinião