segunda-feira, junho 27, 2016

BARQUEATA NA BAIA DE GUANABARA

(ascom)



Contamos com sua participação na BARQUEATA DOS PESCADORES DA BAÍA DE GUANABARA: DIA 3 de Julho de 2016 (Domingo) em Homenagem ao Dia de São Pedro – Padroeiro dos Pescadoreshttps://www.facebook.com/events/633899420106701/

O ponto de concentração no dia 3/7 será as 8:00 h, com a saída dos barcos as 9:00 h, do píer da Praça do Zumbi na Rua Peixoto de Carvalho, ao lado do Jequiá Iate Clube, em frente ao Chopão do Zumbi, na Ilha do Governador.
Estarão participando pescadores de Duque de Caxias, Ramos, Marcílio Dias, da Colônia de Pescadores Z-10, de Tubiacanga e de São Gonçalo.

O protesto reunirá também ecologistas, moradores e pesquisadores e tem por objetivos:

* Pelo pagamento da Indenização aos 20 mil pescadores prejudicados pelo Vazamento no Duto da Refinaria REDUC da PETROBRAS na madrugada de 18 de Janeiro de 2000 que despejou 1,3 milhões de litros de óleo nas águas da baía, o que provocou a redução de 90% da produtividade pesqueira e um forte empobrecimento das comunidades pesqueiras. Passado 16 anos do vazamento, a PETROBRAS foi condenada na Justiça, porém até o momento não pagou esta indenização.

* Pelo Fim dos Vazamentos de Chorume dos lixões de Gramacho (Duque de Caxias) e Itaóca (São Gonçalo) que estão prejudicando a pesca e poluindo a Baía de Guanabara. No dia 29/6 será dado entrada numa Ação Judicial patrocinada pelos pescadores impactados pelo chorume de Gramacho. Como provas documentais desta ação judicial serão anexados três (3) laudos técnicos de órgãos públicos, filmagens de celular feitas durante 2 anos (que estão disponíveis para a imprensa) e o livro “Baía de Guanabara: descaso e resistência” lançado na semana passada que enfoca os problemas socioambientais provocados pelo chorume dos lixões situados no entorno da Baía;

Em apoio à implantação do OBSERVATÓRIO PESQUEIRO DA BAÍA DE GUANABARA na Ilha Seca.
O OBSERVATÓRIO PESQUEIRO DA BAÍA DE GUANABARA é um projeto proposto, desde 2007, pela Associação de Pescadores Livres de Tubiacanga (APELT) em parceria com pesquisadores de Universidades e instituições científicas e entidades de pesca que objetiva promover o Repovoamento da baía através da soltura de alevinos de várias espécies de peixes e crustáceos que serão criados em grandes tanques já 0existentes na Ilha Seca; além de um Pólo de Ecoturismo para acesso de visitantes e da população à Ilha Seca, Escola de Pesca e de centros de pesquisa para monitoramento da qualidade da água e da biodiversidade por universidades que há décadas atuam na Baía.  
Os manifestantes denunciam que a promessa governamental de “despoluir 80% da Baía até as Olimpíadas de 2016” foi uma propaganda enganosa. Consideram que o Comitê Olímpico Internacional (COI) foi irresponsável ao acreditar nesta meta irreal sem, no mínimo, levar em conta que o Programa de Despoluição da Baía de Guanabara, financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento havia sido iniciado em 1995 (há 21 anos atrás!) e, infelizmente, nenhuma de suas metas ambientais foram alcançadas, como a de despoluição das praias. Questiona-se a existência de um efetivo “Legado Ambiental” das Olimpíadas de 2016, uma vez que muitas das obras prometidas não foram executadas, como os troncos coletores que ligariam os esgotos das residências para as 8 (oito) estações de tratamento de esgotos construídas pelo PDBG.

Também os botos-cinza, que era o símbolo do PDBG e está no brazão da bandeira da cidade do Rio de Janeiro, encontram-se ameaçados de extinção: em 1990 existiam 800 indivíduos desta espécie marinha e atualmente restam apenas 33 botos! O último foi assassinado a facadas há 10 dias.

As usinas de reciclagem de lixo construídas pelo PDBG foram todas destruídas, sucateadas ou enterradas nas áreas dos próprios lixões, nenhuma delas opera atualmente: é irrisório o volume de coleta seletiva nos municípios da Região Metropolitana do Rio de Janeiro que tem população de 9 milhões de habitantes: apenas 1% do lixo produzido é reciclado nos municípios do entorno.
Atualmente está em execução o PSAM (Programa de Saneamento dos Municípios) financiado pelo BID. O governo estadual estima que precisará de mais R$ 12 bilhões para promover o saneamento da Baía.

O movimento Baía Viva, criado na década de 1990, está propondo uma Agenda pela Saúde Ambiental da Baía de Guanabara abrangendo áreas como assoreamento, reflorestamento, coleta seletiva, controle industrial, construção dos troncos coletores das ETEs, abastecimento de água, monitoramento ambiental, ampliação do transporte hidroviário, entre outras propostas. O prazo de implantação seria para além do período dos eventos internacionais com metas objetivas a serem fixadas para cada 4 anos (duração dos mandatos dos governadores e prefeitos).
Agenda por uma Baía Viva exige do governo do estado a definição de Metas Ambientais realistas e exeqüíveis, além da efetiva participação da sociedade civil, universidades, pescadores e prefeituras na definição das obras e projetos prioritários.

Maiores informações:

Sérgio Ricardo (Ecologista, membro-fundador do Movimento Baía Viva) Tel. (21) 99734-8088

Alex Sandro (Presidente da Associação de Pescadores Livres de Tubiacanga - APELT) Tel. (21) 99237-5705, 99665-0302

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