quarta-feira, maio 18, 2016

PREFEITURA RECEBE PAIS DAS MENINAS JOYCI E ANA VITÓRIA

O jornal O Diario, em sua edição desta quarta feira, 18, revelou que o diretor de Vigilância em Saúde de Campos, Charbell Kury, recebeu, na última terça, 17, os pais das meninas mortas, Marinês Cândido e Maicon Vinicius da Silva. A Imprensa não teve acesso ao encontro.

Uma nota foi editada sobre o caso. Leia:



Prefeitura recebe pais de Joyci e Ana Vitória

Caso ainda está sendo tratado como suspeita de meningococcemia



“O conceito de cartão de vacina ‘em dia’ é relativo”. A declaração é do diretor de Vigilância em Saúde de Campos, Charbell Kury, se referindo aos cartões de vacinas das irmãs Joyci Cândido da Silva, de 6 anos, e Ana Vitória Cândido da Silva, de 1 ano e 10 meses, que faleceram no último dia 12. O caso ainda está sendo tratado como suspeita de meningococcemia. Charbell recebeu ontem (17), na sede da secretaria de Saúde, no Centro da cidade, os pais das meninas, Marinês Cândido e Vinicius Maicon Silva, para esclarecimento do mal entendido sobre o cartão de vacina atrasado. A imprensa não teve acesso.

Através de nota, Charbell informou que as análises de cartões de vacina não são estanques, vistas à luz de um senso comum, e mesmo sob julgamento de um técnico de enfermagem e seu bom senso. “É necessário ir além, aprofundar no campo da vacinologia e da infectologia e achar respostas. Para isso, algumas questões e argumentos que julgo importantes à luz dos últimos documentos internacionais em infectologia pediátrica”, comentou.

O primeiro argumento foi de que “quando a priori informei que o cartão estava atrasado, referi-me ao fato de que havia cartões atrasados em vacinas. Conforme se vê, não há relato para Ana Vitória de vacina da gripe em 2016, nem catapora e nem hepatite A. O que isso tem a ver com meningite? Hoje já se sabe que as infecções são frutos de três coisas: presença de vírus influenza (gripe) como porta de entrada para infecções bacterianas oportunistas, como pneumonias e meningites; imunodeficiências – baixa imunidade, que se manifesta com meningite mesmo em pessoas bem vacinadas para a meningite; e presença de uma infecção por sorogrupo de meningococo não presente nas vacinas recebidas (ex: meningo B, só disponível em clínica particular)”, explicou.

De acordo com Charbell, outro fator a ser analisado está no cartão da irmã de 6 anos, Joyci. “Conforme pode ver, ela recebeu a vacina Meningo C em 2010 e 2011. Está em dia? Depende. Estudos australianos conduzidos em 2014-2015 atestam que a vacina meningocócica tem cerca de 60% de eficácia após 5 anos. Portanto, algumas pessoas com baixa imunidade precisariam de reforços, se analisada a imunodeficiência, que acho que é. Ainda há a chance de ser outro sorogrupo de meningococo”, explicou o diretor.
O resultado da análise histopalógica deve sair até sexta-feira (13).

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