As mais recentes informações do Senado que chegam ao Palácio do Planalto indicam que vai aumentando a margem de votos a favor do afastamento da presidente Dilma. Senadores que foram apontados como possibilidade de se ausentar hoje declaram voto a favor do impeachment.

É o caso do senador Raimundo Lira (PMDB-PB), presidente da comissão especial do impeachment. Lira informou que não votou na comissão porque o regimento impedia isso, a menos que fosse o voto do desempate, mas vai votar agora pelo afastamento. Assim, os defensores do impeachment contam com mais de 54 votos – número que seria necessário para assegurar a cassação do mandato de Dilma, ao final do julgamento.

A mesma coisa acontece com Fernando Collor (PTC-AL) que manifestou dúvida sobre o voto, mas informou aos colegas que vai votar pelo impeachment. Ele relatou a sua experiência, em 1992, quando, após ser afastado, teve o salário reduzido e a equipe de assessores também. Collor lembrou ainda que, ao assinar a intimação pelo afastamento, usou o helicóptero para voltar a Casa da Dinda, pediu que o piloto sobrevoasse um prédio de Ciep no Lago Paranoá, mas o piloto respondeu que não tinha ordem para aquilo – apenas para levá-lo até a residência.

Aliados de Temer informam ainda que os senadores Edison Lobão e Rose de Freitas, que poderiam não votar, estarão em Brasília para apoiar o processo de impeachment. Rose deverá viajar de São Paulo, onde está em tratamento médico, para votar pelo afastamento de Dilma.