terça-feira, março 22, 2016

LAVA JATO PODE CHEGAR A PREFEITURAS

A 26ª Operação Lava Jato, batizada de "xepa" cumpre mais de 100 mandados de busca e apreensão, no Rio de Janeiro. Embora não tenha sido divulgado, a investigação do Ministério Público identificou um esquema ilícito de pagamento de propinas, comandado pelo própro capo do grupo Odebrecht, Marcelo Odebrecht.

O levantamento dos pagamentos a gestores públicos, pode levar a investigação a varias prefeituras, com as quais, a empresa têm negócios  e recebiam pelo mesmo "esquema", o que deverá abrir nova linha de investigação.

Tem gente que está tão tenso com esta nova investida do MP, que "não passa nem agulha".

Leia matéria de O Dia:



MP diz que Odebrecht tinha 'estrutura secreta' para 'pagamentos ilícitos'

Empreiteira é um dos alvos da Operação Xepa, 26ª fase da Lava Jato, deflagrada nesta terça-feira. Estão sendo cumpridos 110 mandados judiciais.

ESTADÃO CONTEÚDO
Rio - A força-tarefa da Operação Lava Jato investiga uma "estrutura secreta" do Grupo Odebrecht usada para "pagamentos ilícitos". A empreiteira é um dos alvos da Operação Xepa, 26ª fase da Lava Jato, deflagrada nesta terça-feira. Estão sendo cumpridos 110 mandados judiciais.

"A pedido do Ministério Público Federal e da Polícia Federal, são executadas prisões, buscas e conduções para investigar estrutura secreta do Grupo Odebrecht usada para pagamentos ilícitos até o pelo menos o segundo semestre de 2015", informou a Procuradoria, em nota.
"Para operacionalizar o esquema ilícito, foi instalado dentro do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht um sistema informatizado próprio, utilizado para armazenar os dados referentes ao processamento de pagamentos ilícitos e para permitir a comunicação reservada entre os executivos e funcionários envolvidos nas tarefas ilícitas".

Segundo o Ministério Público Federal, os "pagamentos ilícitos" teriam ocorrido até pelo menos o segundo semestre de 2015. São investigados, de acordo com a Procuradoria, possíveis crimes de organização criminosa, corrupção e lavagem de ativos oriundos de desvios da Petrobras, cometidos por empresários, profissionais e lavadores de dinheiro ligados ao Grupo Odebrecht.
"Além disso, para viabilizar a comunicação secreta entre executivos, funcionários da Odebrecht e doleiros responsáveis por movimentar os recursos espúrios, utilizava-se outro programa, em que todos se comunicavam por meio de codinomes. A partir da análise de e-mails e planilhas apreendidas, apurou-se que pelo menos 14 executivos de outros setores do Grupo Odebrecht, que demandavam "pagamentos paralelos", encaminhavam aos funcionários as diversas solicitações de pagamentos ilícitos, de forma que a contabilidade paralela e a entrega dos valores espúrios ficassem centralizados nesta estrutura específica", afirmou a força-tarefa.
Os investigadores sustentam que o material abre uma nova linha de apuração de pagamento de propinas em função de variadas obras públicas.

A Operação Xepa é um desdobramento da Acarajé, 23ª fase da Lava Jato, que atingiu o publicitário João Santana e a mulher e sócia Monica Moura. O casal trabalhou em campanhas eleitorais petistas Segundo a investigação, acarajé era o termo usado para tratar de propina.
"Em decorrência das buscas e apreensões e de outras diligências realizadas após a deflagração da 23ª fase da Operação Lava Jato, colheram-se indícios de que foi instalado dentro da estrutura do Grupo Odebrecht um setor profissionalmente organizado que era utilizado para pagamentos que incluíam vantagens indevidas a servidores públicos em razão de contratos firmados pela Odebrecht, chamado 'setor de operações estruturadas'", diz a nota da força-tarefa.

Segundo os procuradores, o ex-presidente da Odebrecht Marcelo Odebrecht tinha conhecimento e dava anuência para os pagamentos ilícitos.

"A partir das planilhas obtidas e das anotações contidas no celular de Marcelo Odebrecht, obtiveram-se mais evidências contundentes de que este, então presidente da Organização Odebrecht, não apenas tinha conhecimento e anuía com os pagamentos ilícitos, mas também comandava diretamente o pagamento de algumas vantagens indevidas, como, por exemplo, as vantagens indevidas repassadas aos publicitários e também investigados Monica Moura e João Santana", apontou a nota.

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